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São Sebastião da Amoreira vive impasse político

Desde janeiro de 2009, pelo menos três políticos da cidade se sentaram na cadeira de prefeito.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar em breve o recurso envolvendo a impugnação do registro de candidatura do prefeito eleito de São Sebastião da Amoreira (Norte), Adevilson Lourenço Gouveia (PTB). Desde janeiro de 2009, pelo menos três políticos da cidade já passaram pela cadeira de prefeito. O município vive uma situação de insegurança jurídica, e até hoje, ninguém sabe quem é que vai administrar o Município até o final do mandato, em 2012.

A crise política de São Sebastião da Amoreira vem se arrastando desde que o candidato eleito foi impedido de assumir o cargo. A partir de então, várias situações envolvendo a Prefeitura e a Câmara de Vereadores, deixam os moradores sem saber quem é o verdadeiro prefeito da cidade. Hoje quem ocupa o cargo é o presidente da Câmara, eleito em dezembro de 2010, Luiz Fernandes (PR).

Em 2009, a vereadora Adelina Rogério da Silva Anélio (PP) - eleita presidente da Câmara - foi conduzida ao cargo de prefeita, para permanecer na cadeira até 31 de dezembro de 2010. Contudo, a vereadora renunciou 20 dias antes de concluir seu mandato.

Adelina desistiu da prefeitura para voltar à Câmara. O motivo do retorno seria uma votação marcada para o dia 13 de dezembro. Com o seu voto, a bancada governista, conseguiria eleger o próximo presidente da Casa, e por consequência o novo prefeito da cidade.

Com a renúncia de Adelina, o vereador Sumitaka Tamura (PR) assumiu a presidência da Câmara, bem como a Prefeitura. Tamura ficou no cargo como substituto de Adelina até o final de 2010.

Em 18 de dezembro de 2010, foi instaurada uma sessão extraordinária para definir os cargos da Mesa Diretiva para os próximos dois anos na administração da Casa. Na ocasião, o vereador Luiz Fernandes foi eleito para a presidência da Câmara, a partir de janeiro de 2011. Dessa forma seria conduzido ao cargo de prefeito do município até 2012, o que de fato, aconteceu.

Ganhou mas não levou

Adevilson Lourenço Gouveia disse se sentir prejudicado com a indefinição da situação política em Amoreira. ''A cidade foi quem mais sofreu. Eu tenho experiência e tinha um plano de trabalho, uma meta, e isso tudo foi travado por causa dessa demora numa resposta'', lamentou. Gouveia já foi três vezes prefeito da cidade e venceu as eleições de 2008 com aproximadamente 70% dos votos válidos.

Sobre o processo contra sua candidatura, Gouveia afirmou estar confiante na Justiça e que vai respeitar a decisão, independente do resultado. ''O Tribunal ficou de reexaminar o meu caso. Eu tenho tudo para ganhar o processo, até porque, quem votou contra pediu pra reexaminar. Se votarem hoje e pedirem para assumir, eu assumo (o cargo).''

Caso Gouveia desista do recurso ou seja condenado, o muncípio deve viver mais momentos de tensão, até que tenha um prefeito eleito. A insegurança, desta vez, parte de um conflito de leis.

A Constituição Federal aponta que se Gouveia não puder assumir o cargo, devem ser realizadas novas eleições diretas, ou seja, o povo volta às urnas para eleger um novo prefeito. O problema é que o Regimento Interno da Câmara dos Vereadores diz que se Gouveia cair, o novo prefeito será eleito por eleições indiretas. Neste caso, a própria Casa é quem escolhe o vencedor.

Fonte: Folha de Londrina

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