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Jornalista Nilson Monteiro é cidadão honorário do Paraná.



O jornalista e escritor Nilson Monteiro se tornou cidadão honorário do Paraná nesta terça-feira (20). Ele recebeu a mais alta honraria do estado das mãos do deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB), autor da iniciativa.“Queremos que todos os jornalistas, poetas e escritores do Paraná se sintam homenageados nesta noite. Todos que colocam sua inteligência, garra e sensibilidade em tudo o que fazem. São profissionais que nos orgulham pela combatividade, criatividade, brilho intenso. Afinal, está é também uma homenagem ao talento”, destacou Cheida. “Nilson Monteiro é cidadão do mundo. Nos deu a honra de ter escolhido o Paraná para fincar seu talento”, disse o presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni, ao abrir a sessão solene.Muito emocionado, Nilson Monteiro falou sobre as conquistas e desafios do jornalismo. “A lição básica que todo jornalista deve aprender é que nada sabemos e que todos podem ensinar”. Ele dividiu a honraria com toda a categoria. “Estamos longe de ser o quarto, o quinto ou o sexto poder, mas temos direitos e deveres na sociedade. Movidos pela paixão pela infinita circulação de informações, devemos defender, acima de tudo, a liberdade de imprensa, que foi conquistada a muito custo, por muitas mãos. Não podemos deixa-la correr por entre os dedos”. Monteiro também agradeceu ao deputado Cheida pela indicação. “Meu amigo, tão ‘pé vermelho’ quanto eu”. A homenagem não terminou com o encerramento da sessão solene. No saguão da Assembleia Legislativa, a noite reservava mais: livros, fotos e documentos que marcaram a trajetória do jornalista foram reunidos na exposição ‘Nilson Monteiro, paixão pela vida’. HistóriaCheida e Monteiro se conheceram nos anos 70, quando ele comandava, na Universidade Estadual de Londrina (UEL), o jornal Poeira. “Foi mais que um simples jornal estudantil. Foi o espaço de aglutinação e o ponto de partida para a tomada de consciência de milhares de universitários, inconformados com uma sociedade crescentemente desigual em direito e oportunidades”, lembrou o deputado, referindo-se à repressão da ditadura militar. Nilson Monteiro teve sua carreira jornalística dividida entre Londrina, Curitiba e São Paulo. O grande estímulo para ingressar no jornalismo veio de Domingos Pellegrini, que o levou, ainda adolescente, para o Diário de Londrina, de Edson Maschio. Depois passou pelo semanário Novo Jornal, de Cleto de Assis e Gladston Ramalho. O convite para ingressar na Folha de Londrina surgiu na sequência, por intermédio de Walmor Macarini. Ele também fez parte da redação do lendário Panorama, fundado por Paulo Pimentel. Depois que o breve Panorama fechou, Nilson foi para São Paulo trabalhar no jornal Movimento, o principal porta-voz da esquerda durante a ditadura militar. Pouco tempo depois, voltou para a Folha de Londrina, onde foi repórter especial e editor do caderno de cultura, que lhe rendeu vários prêmios. Entre aqueles que guarda com carinho está uma carta de elogios escrita a próprio punho por Carlos Drummond de Andrade. A essa altura, com seu talento e força de trabalho já reconhecidos, alcançou a grande imprensa, como os jornais O Estado de São Paulo e Gazeta Mercantil e a revista Istoé. Monteiro também teve experiências em assessoria de imprensa, publicidade, rádio e televisão. Atualmente, é assessor do governador Beto Richa, de quem é amigo desde a época em que assessorou José Richa.Sua produção poética e literária, que sempre correu paralela à atividade jornalística, lhe rendeu cinco livros desde 1984: Simples, Curitiba vista por um pé vermelho, Ferroeste, um novo rumo para o Paraná, Itaipu, a luz e Madeira de Lei. Monteiro já foi reconhecido como cidadão honorário de Londrina, em 1999, e de Curitiba, em 2000. No ano passado, ele foi homenageado pelo Sindicato dos Jornalistas do Paraná pelos seus 40 anos de profissão.
Fonte: Gabriela Siqueira - Assessoria de Imprensa

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