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No 2º Congresso Nacional da JPMDB, Requião defende rebeldia e vínculo com o povo

O senador Roberto Requião conclamou, nesta sexta-feira (16), a juventude do PMDB a rebelar-se contra a desideologização do partido, retomando à idéia original da agremiação, que se definia como “partido das classes populares”, desvinculado do grande capital, representando os interesses dos trabalhadores, das classes médias, dos profissionais liberais, dos professores e intelectuais, dos estudantes.
Requião fez essa convocação na abertura do II Congresso Nacional da Juventude do PMDB, que se realiza até domingo (18) no Rio de Janeiro. Mais de 500 jovens de 19 Estados estão reunidos. Além de Requião, participaram da abertura o senador Valdir Raupp, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e deputados federais e estaduais do PMDB.
Convidado pelos jovens para abrir o encontro, o senador deplorou a descaracterização política e ideológica do PMDB e disse que é preciso “voltar às origens” e restaurar a “velha mística” do partido, tornando-o novamente protagonista na história brasileira. Para Requião, a juventude do partido pode ter um papel fundamental nesse “reencontro do partido com sua história e com seus compromissos populares e nacionais”.
Requião disse que a desideologização não é uma particularidade do PMDB e sim um sinal distintivo da política brasileira hoje, onde impera o pragmatismo, o utilitarismo e o fisiologismo. Segundo ele, o debate político, o confronto de idéias e programas foram substituídos pela luta por cargos, benesses e espaço.
“Há uma distância lunar de todos os partidos, inclusive os da oposição, daquilo que poderíamos definir como interesses nacionais e populares”, disse. Por várias vezes em seu discurso Requião foi interrompido pelos aplausos da plateia, que reúne também os presidentes nacionais das juventudes do PCdoB e do PT.
Programa para o Brasil
Requião discutiu com os jovens a realidade brasileira e os pontos centrais de um programa peeemedebista para o país. Requião disse que o Brasil deve recusar o papel de mero produtor e exportador de commodities, que o mercado global quer lhe impor. O senador deu alguns dados que mostram a gravidade da desindustrialização nacional. Por exemplo, na década de 80 o parque industrial brasileiro era maior que os parques industriais da Tailândia. Malásia, Coréia do Sul e China, somados. Hoje, a indústria brasileira não representa 15% do que esses países produzem.
O desafio do PMDB, especialmente de sua juventude, afirmou o senador, é a construção nacional, que desenvolve e consolide a Nação brasileira, a fim de que o nosso país deixe de ser um simples mercado para o desfrute dos outros. “Somos nós que devemos escolher se queremos ser mercado ou nação. Temos que pensar numa proposta estratégica para o Brasil. vamos juntos acordar o PMDB”, pediu o senador à juventude do partido.
Para Requião, em função de seu relativo distanciamento dos meios de produção, a juventude constitui, historicamente, segmento mais sensível ao inconformismo, rebelião e mudança. Assim, o senador conclamou os jovens do PMDB a tomar a frente do movimento de renovação do partido “Há uma causa, a causa do Brasil. Esta é a causa que deve empolgar a nossa juventude”, afirmou.

FONTE - www.joaoarruda.com.br

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