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PT vai de Fruet nas eleições de Curitiba



Ao contrário das eleições municipais mais recentes realizadas em Curitiba, neste ano o Partido dos Trabalhadores (PT) vai abrir mão da candidatura própria para apoiar um outro pré-candidato a prefeito, o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT). O primeiro passo decisivo nesta direção foi tomado ontem, durante eleição interna no partido para escolha dos delegados que representarão todos os filiados em encontro municipal em Curitiba, marcado para os próximos dias 27 e 28 de abril. A chapa 1 (Uma aliança para mudar Curitiba com você), que como o próprio nome aponta era defensora da aliança com Fruet, venceu a disputa interna do PT por 57% votos contra 43%, daqueles que defendiam a candidatura própria da legenda, na chapa ''Candidatura própria já''. Estavam aptos a votar mais de 2,6 mil filiados ao PT em Curitiba. Com sete de dez urnas apuradas, a diferença chegou a ser de menos de dez votos. Mas ainda faltavam os três maiores colégios eleitorais. A apuração fechou então em 1.093 votos para a aliança e 817 pela candidatura própria. Na aliança com o PDT, o PT deve indicar o vice-prefeito para as eleições na Capital. O nome mais cotado para ser o indicado é o do deputado federal Angelo Vanhoni, que faz parte do campo majoritário, mas também são lembrados outros petistas, como a presidente do diretório municipal, Roseli Isidoro, André Passos e o vereador de Curitiba Pedro Paulo. Mais do que chegar com mais força para a disputa de outubro na prefeitura, a aliança do PT com o PDT de Fruet está de olho nas eleições de 2014, quando a ministra Gleisi Hoffmann pode sair candidata ao governo do Estado e assim, busca construir uma grande corrente de apoio em torno de seu nome. Entre os principais defensores da aliança com o pedetista estava o casal de ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, que votou pela manhã. Gleisi destacou que a candidatura própria não é mais fundamental para o PT, que hoje tem o governo federal e já mostrou a sua força, precisando valorizar os partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff. ''Se eles são bons para dar sustentação ao governo federal e nos ajudar a governar o País, por que não fazermos alianças para que eles governem nossa cidade?'', argumentou, referindo-se ao PDT. A corrente do PT que defendia a candidatura própria, tendo a frente o deputado federal Dr. Rosinha e o deputado estadual Tadeu Veneri, ambos que se colocaram como pré-candidatos do partido, argumentava que há nomes fortes dentro da legenda para fazer frente aos outros pré-candidatos. Havia também uma certa resistência ao nome de Fruet, que enquanto era deputado federal pelo PSDB travou diversos confrontos com o PT e fez duras críticas ao governo do então presidente Lula, principalmente no escândalo do mensalão. No entanto, depois de votar, Dr. Rosinha já havia antecipado que, independentemente do resultado da eleição interna, o PT de Curitiba estará unido para as eleições de outubro. ''Durante todo meu tempo de militância fui minoria e sempre respeitei a escolha da maioria'', afirmou.
Luciana Cristo Equipe da Folha

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