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30% dos alunos de universidades federais usaram o Enem



Dado faz parte do Censo do Ensino Superior 2010, divulgado nesta semana pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais






Cerca de 30% dos alunos que ingressaram em universidades federais em 2010 utilizaram as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), seja para compor toda a nota de clasificação ou parcialmente. O dado faz parte do Censo do Ensino Superior 2010, divulgado nesta semana pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação. Somados todos os alunos ingressantes no ensino superior em 2010, o Enem foi usado para compor a nota de 15,4% deles. Dentre os matriculados em universidades federais, a região Sul concentra o maior percentual de beneficiados (44,2%). Em seguida vêm o Nordeste (36,9%), Sudeste (32,4%), Centro-Oeste (13,4%) e Norte (12,2). Os alunos de escolas públicas são os maiores beneficiados pela adoção do Enem como critério de seleção para acesso a um curso superior. A estudante Priscila da Silva Brizzi, do primeiro ano de Química do campus londrinense da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), é um exemplo. Natural de Cândido Mota (SP), ela sempre estudou em escolas públicas e diz que o Enem foi a maneira que ela encontrou de conquistar uma vaga em um curso superior, depois de tentar aprovação por meio do vestibular durante dois anos, sem sucesso. ''O que deu certo foi o Enem. Eu achei bom porque os meus professores pegaram pesado para que tirássemos notas boas no Exame, porque eles recebem bonificações pelo bom desempenho dos alunos'', relatou. Companheira de sala de Priscila, Juliana Costa também estudou em escola pública a vida inteira diz que isso foi uma desvantagem para ela, uma vez que as instituições de ensino que frequentou não deram muito respaldo para concorrer contra estudantes de escolas particulares. ''Eu cheguei a passar em algumas faculdades particulares, mas optei pela UFTPR porque os professores são excelentes e a aprendizagem é muito boa'', destacou. Ela ressalva, no entanto, que o Enem ainda tem falhas, se referindo ao vazamento de questões em edições recentes do Exame. ''Espero que esses problemas sejam sanados'', expõe. Para o também estudante de química da UFTPR Luiz Carlos Gianchello dos Anjos, outro problema do Enem é que as provas são muito extensas. ''São mais de 90 perguntas que tive que responder em poucas horas. Embora as perguntas não sejam tão difíceis, é massacrante responder tantas perguntas em tão pouco tempo'', argumentou. Mas o sacrifício, garante Gianchello, valeu a pena. O universitário relata que, da turma dele no Ensino Médio, apenas 60% ingressaram no ensino superior. E só ele conseguiu a vaga pelo Enem. ''Para cursos mais concorridos a nota do Enem não era suficiente'', completou.(Com Folhapress)


FONTE - folhaweb

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