Curitiba aprova proibição do amianto; projeto de lei estadual aguarda votação
Na
segunda-feira (5), a Câmara de Curitiba aprovou, em primeira discussão,
o projeto de lei que proíbe na cidade o uso de materiais compostos por
amianto. Na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), a tentativa de
banimento do produto tem mais de cinco anos. A proposta foi apresentada
pela primeira vez em 2007, rejeitada pela Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) e reapresentada em 2011. Desta vez já passou pelo crivo da
CCJ e de todas as comissões temáticas, mas ainda não foi colocada em
pauta, embora tramite em regime de urgência desde fevereiro. A
Presidência da Casa argumenta que é preciso aguardar a decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade de leis
semelhantes sancionadas em outros estados.
O
deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB), autor da proposta, destaca:
“Progresso é muito importante, mas é preciso entender que progresso
significa qualidade de vida”. Cinco estados já possuem leis que proíbem o
amianto: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Pará e Pernambuco. A substância também foi abolida
em 45 países, entre eles França, Alemanha, Itália, Japão, Austrália,
Argentina, Uruguai e Chile.
O projeto de lei de
Curitiba é de autoria da vereadora Noemia Rocha (PMDB). “O amianto é um
dos cancerígenos mais estudados no mundo, deixando a população em
geral, e os trabalhadores em particular, expostos às suas fibras e
poeira mortal, razão pela qual há um intenso debate acerca da proibição
definitiva do seu uso em nível municipal, estadual e nacional”, afirma
Noemia.
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