João Arruda diz que denunciou ao MEC, em 2011, deputado que fraudava licitação da Educação
O deputado federal
João Arruda (PMDB-PR) disse ao blog que, em 2011, levou uma denúncia ao
Ministério da Educação (MEC) contra um deputado federal do Paraná do PSC.
Segundo ele, na época, prefeitos reclamaram que seu colega de parlamento estava
exigindo que os municípios contratassem uma empresa de consultoria, na área de
Educação, para liberar construção de escolas e creches.
“Em 2011 recebi denúncias de
prefeitos de que um deputado [federal] estaria negociando facilidades no
Ministério da Educação…”, tuitou neste domingo (13) o peemedebista.
“De posse dessas informações, levei a
denúncia ao chefe de gabinete do Ministério da Educação”, recorda João Arruda,
que é sobrinho de Roberto Requião (PMDB), presidente da Comissão de Educação no
Senado.
Para o deputado João Arruda,
prefeitos e gestores públicos são vítimas de quadrilhas especializadas em
desvio de recursos da Educação. “Muitas vezes o prefeito é chantageado e só
consegue uma escola, uma creche, se contratar o serviço de consultoria do
atravessador”, diz.
O
Grupo de Atuações Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), braço
policial do Ministério Público do Paraná, deflagrou na sexta-feira (11) a Operação Quadro Negro, que levou à prisão oito
pessoas em vários municípios, dentre as quais o ex-prefeito da Lapa Paulo
Furiati (PMDB).
Além do Paraná, o esquema de fraudes
na Educação tem ramificações nos estados Minas Gerais, Distrito Federal e Santa
Catarina.
Arruda vai avaliar com a bancada do
partido, quando o Congresso Nacional retornar do recesso, a possibilidade de
pedir abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar
desvios de recursos da Educação através de fraudes em licitações.
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