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Jataizinho enfrenta onda de assaltos

Vítimas contam que ladrões são menores, agem em dupla e, apesar de não agredirem ninguém, efetuam disparos para intimidar
Fotos: Celso Pacheco
Os postos de combustíveis que ficam no perímetro urbano da rodovia BR-369 têm sido os principais alvos
‘’É complicado. Ficamos com medo de trabalhar porque a gente está correndo risco’’, afirma a funcionária Roseane Pitoli
Uma onda de assaltos está apavorando os comerciantes e moradores de Jataizinho. Os postos de combustíveis que ficam no perímetro urbano da rodovia BR-369 são os principais alvos dos assaltantes. Nos últimos dias, a polícia registrou pelo menos quatro ocorrências do gênero.

Os ladrões, quase sempre em duplas, chegam ao local como se fossem clientes e em horário de pouco movimento. Depois de uma rápida observação, eles apontam uma arma para o dono ou para o funcionário do posto, anunciam o assalto e limpam o caixa.

As imagens dos assaltos são registradas pelas câmeras do circuito interno, mas a identificação se torna quase impossível porque os assaltantes usam capacetes ou estão encapuzados. Segundo as vítimas, é possível perceber que os assaltantes são jovens.

O posto do empresário Ivo Martins foi assaltado duas vezes na última semana de janeiro e ele imagina que tenha sido por grupos diferentes. Martins acredita que a onda de assaltos na cidade se deve à crise financeira no País. ''As pessoas, como não tem de onde pegar dinheiro, vão assaltar; nem sei se são assaltantes realmente ou se são pessoas que aproveitam a oportunidade por falta de segurança'', afirma. Segundo ele, a última vez que seu estabelecimento havia sido ''visitado'' antes da atual onda de assaltos foi há mais de um ano.

O empresário Agnaldo Godoy Júnior, dono de outro posto na cidade, está preocupado com a falta de segurança. O posto dele também foi assaltado na última semana de janeiro. ''Meus funcionários estão assustados porque deram até tiros aqui dentro; a insegurança está tremenda'', afirma. Ele pensa, inclusive, em reunir parte da sociedade para fazer uma manifestação contra a falta de segurança, alegando que outros tipos de comércio e residências também estão no foco dos assaltantes.

A funcionária Roseane Pitoli estava no caixa do posto onde trabalha no dia de assalto. Ela conta que o frentista estava ocupado e ela mesma foi atender uma dupla que chegou de moto. O garupa desceu com uma arma na mão, rendeu o frentista e dois clientes, pegou o dinheiro do caixa e foi embora com seu comparsa.

Roseane diz que não houve violência física naquele momento, mas acha que os trabalhadores correm risco de vida diante de tanta insegurança porque soube de dois casos de funcionários que foram vítimas de agressão. "É complicado. Ficamos com medo de trabalhar porque a gente está correndo risco"', afirma. Ela sugere que seja feito um abaixo assinado para pedir mais policiamento na cidade.

Na maioria das vezes, os assaltantes agem sem agredir os donos ou funcionários dos postos, mas em alguns momentos efetuam disparos perto dos caixas para intimidar as pessoas.

Os comerciantes dizem que a recente onda de assaltos está diretamente associada à falta de policiamento na cidade. Segundo eles, o problema poderia ser resolvido com o aumento do efetivo policial da cidade e com a polícia estando melhor equipada.

Em uma rápida volta pelo centro da cidade, a reportagem da FOLHA constatou que a falta de policiamento é uma realidade.


fonte - folha norte pioneiro

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