Tráfico de drogas cresce na região
Secretaria de Segurança Pública aponta que a maior alta no Norte Pioneiro ocorreu na área de Cornélio Procópio, que registrou crescimento de 78%
Municípios da área de Jacarezinho também sofrem com ocorrências envolvendo drogas
Cornélio Procópio e Jacarezinho - As ocorrências envolvendo o tráfico de drogas no Norte Pioneiro cresceram acima da média estadual no primeiro trimestre de 2013, se comparadas ao mesmo período de 2012. Os dados são do Relatório Estatístico Criminal, divulgado pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP-PR), com base nos números do Boletim de Ocorrência Unificado (BOU) de 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs).
Enquanto o Paraná registrou nos três primeiros meses deste ano 1.726 casos, em 2012 foram 1.417, acumulando aumento de 21,81%. No mesmo período comparativo, a 21ª AISP de Cornélio Procópio, que compreende 21 municípios do Norte Pioneiro, contabilizou quase o dobro de ocorrências, saltando de 38 para 68 casos, uma alta de 78,95%. Já a 23ª AISP de Jacarezinho, área que abrange 22 cidades, viu os números subirem de 71 para 98, totalizando 38,03% a mais de ocorrências.
O chefe da Seção de Planejamento de Operações e Instrução do 18º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Cornélio Procópio, capitão Juarez Saldanha Machado, enfatiza que os números tratam de casos em que ficou comprovado o tráfico de drogas. ''Embora exista um crescimento, vejo estes dados de forma positiva. Isto é sinal que conseguimos tirar um número alto de traficantes da rua'', pondera.
O capitão Machado credita o crescimento do registro destes casos ao investimento do Governo Estadual no setor de inteligência da polícia e aos concursos realizados para aumentar o efetivo. ''Com uma maior presença de policiais nas ruas e constantes operações é natural que exista um maior número de ocorrências'', diz.
Mas ele pondera que os dados do relatório também comprovam um aumento da presença de drogas nas cidades do interior. Para ele, algo precisa ser feito para reverter este avanço e a saída seria uma ação integrada com diversas instituições da sociedade organizada.
O chefe de operações da 18º BPM destaca que é preciso combater o mal pela raiz e, para ele, uma das formas mais eficazes de promover isto hoje é por meio de iniciativas como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), implantado no Paraná em 2000, e que leva policiais às salas de aula para palestras relacionadas as drogas. ''A PM faz a sua parte, conscientizando as crianças quanto ao uso. É fundamental afastá-las das drogas. Esta não é a solução, é preciso algo maior, mas este é um mecanismo interessante'', opina.
O comandante do 2º BPM em Jacarezinho, tenente-coronel Antônio Carlos de Morais, vai além e comenta que terão que ser revistos conceitos de família, além da implantação de ações mais efetivas como penas mais severas para esse tipo de crime e um número maior de clínicas de tratamento para dependentes. ''Não sei ao certo, mas são poucas as clínicas existentes na região. O problema das drogas invadiu o interior e até a zona rural; uma mudança depende de uma família mais presente'', opina.
Enquanto o Paraná registrou nos três primeiros meses deste ano 1.726 casos, em 2012 foram 1.417, acumulando aumento de 21,81%. No mesmo período comparativo, a 21ª AISP de Cornélio Procópio, que compreende 21 municípios do Norte Pioneiro, contabilizou quase o dobro de ocorrências, saltando de 38 para 68 casos, uma alta de 78,95%. Já a 23ª AISP de Jacarezinho, área que abrange 22 cidades, viu os números subirem de 71 para 98, totalizando 38,03% a mais de ocorrências.
O chefe da Seção de Planejamento de Operações e Instrução do 18º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Cornélio Procópio, capitão Juarez Saldanha Machado, enfatiza que os números tratam de casos em que ficou comprovado o tráfico de drogas. ''Embora exista um crescimento, vejo estes dados de forma positiva. Isto é sinal que conseguimos tirar um número alto de traficantes da rua'', pondera.
O capitão Machado credita o crescimento do registro destes casos ao investimento do Governo Estadual no setor de inteligência da polícia e aos concursos realizados para aumentar o efetivo. ''Com uma maior presença de policiais nas ruas e constantes operações é natural que exista um maior número de ocorrências'', diz.
Mas ele pondera que os dados do relatório também comprovam um aumento da presença de drogas nas cidades do interior. Para ele, algo precisa ser feito para reverter este avanço e a saída seria uma ação integrada com diversas instituições da sociedade organizada.
O chefe de operações da 18º BPM destaca que é preciso combater o mal pela raiz e, para ele, uma das formas mais eficazes de promover isto hoje é por meio de iniciativas como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), implantado no Paraná em 2000, e que leva policiais às salas de aula para palestras relacionadas as drogas. ''A PM faz a sua parte, conscientizando as crianças quanto ao uso. É fundamental afastá-las das drogas. Esta não é a solução, é preciso algo maior, mas este é um mecanismo interessante'', opina.
O comandante do 2º BPM em Jacarezinho, tenente-coronel Antônio Carlos de Morais, vai além e comenta que terão que ser revistos conceitos de família, além da implantação de ações mais efetivas como penas mais severas para esse tipo de crime e um número maior de clínicas de tratamento para dependentes. ''Não sei ao certo, mas são poucas as clínicas existentes na região. O problema das drogas invadiu o interior e até a zona rural; uma mudança depende de uma família mais presente'', opina.
FONTE - FOLHA DE LONDRINA
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