[Fechar]

Últimas notícias

Eles não vão ao urologista

Pesquisa mostra que 58% dos curitibanos nunca foram ao especialista; percentual é superior ao índice geral das dez capitais consultadas, que foi de 51%

Shutterstock
Levantamento mostrou que 33% não vão ao urologista por falta de tempo; ausência de motivos (32%) e medo (15%) são outras justificativas apontadas pelos entrevistados
Ao contrário do universo feminino, falar em alterações hormonais ainda é um certo tabu entre os homens. Não é à toa, portanto, que no mês em que a saúde masculina ganha holofotes, temas como a sexualidade e andropausa vêm à tona para ampliar e disseminar conhecimento.

No entanto, o grande desafio é dar o primeiro passo, ou seja, ir até o consultório médico. Para se ter uma ideia, de 400 homens com mais de 35 anos, que vivem em Curitiba, 58% nunca se consultaram com um urologista.

"É fato que o homem não procura o médico", diz Carlos Sacomani, urologista e diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Além disso, a maioria (62%) nunca sequer tinha ouvido falar de andropausa, um processo natural do organismo masculino que em alguns casos pode provocar queda na produção do hormônio testosterona.

Esses resultados foram levantados pela SBU em parceria com a Bayer, por meio de uma pesquisa realizada em oito cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Curitiba). A divulgação ocorreu na semana passada, em São Paulo.

Do total de 3.200 entrevistados, 51% nunca foram ao urologista e 57% desconheciam a palavra andropausa. E as justificativas podem ser inúmeras, mas o levantamento mostrou que de todas as cidades participantes, 33% apontaram a falta de tempo, seguida de ausência de motivos (32%) e medo (15%).

E apesar da impotência sexual ser o maior temor masculino, 71% afirmaram desconhecer também os sintomas desse processo de envelhecimento do organismo, que pode ocasionar sim, a disfunção erétil. Já entre os curitibanos, essa resposta foi dada por 78% dos homens.

Também foi questionado o uso recreativo ou sem prescrição, de medicamentos para disfunção erétil. Segundo Sacomani, 29% dos participantes alegaram utilizar estimulantes sexuais e 62% o fazem sem recomendação médica, ou seja, por meio da automedicação.

Outro resultado impactante é sobre a diferença entre terapia de reposição hormonal e estimulante sexual. Isso porque 75% afirmaram desconhecer tal distinção.

Quando questionados sobre as razões pelas quais podem ocorrer essa queda nos níveis de testosterona, uma boa parcela (30%) disse que o problema estava relacionado ao excesso de trabalho e estresse do dia a dia e 17% apontaram problemas emocionais ou psicológicos.

- A repórter viajou a convite da Bayer
Micaela Orikasa
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
UA-102978914-2