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Escola retoma aulas após temporal

Com parte do telhado destruído pela chuva, Colégio Thiago Terra atendeu ontem sem cozinha e biblioteca

Fotos: Celso Pacheco
Acervo da biblioteca foi protegido por lonas para evitar perdas
Prédio foi vistoriado por técnico do Núcleo de Educação
Uma simples nuvem escondendo o sol já é motivo para alunos, professores e funcionários do Colégio Estadual Thiago Terra, localizado no Jardim União da Vitória, na zona sul de Londrina. Desde a noite da última sexta-feira, quando uma forte chuva caiu sobre a região, a instituição de ensino teve parte do telhado destruído. Ontem, um engenheiro do Núcleo Regional de Educação (NRE) ainda contabilizava os estragos. Apesar da situação, as aulas foram mantidas para os 750 estudantes dos ensinos fundamental e médio.

Ficaram destalhadas a cozinha e a biblioteca da unidade. O vento foi tão forte que chegou a abrir um buraco no meio do telhado. Pela manhã, os funcionários ainda tentavam recuperar o que podiam. Livros novos tiveram de ir para as mesas do pátio para secar. Até a merenda precisou ser improvisada, já que as panelas seguravam goteiras do forro. O lanche, na hora do intervalo, foi iogurte com cereais. "Não podemos parar as aulas porque já temos muitas reposições para fazer depois da greve. Não temos como estender ainda mais o calendário", explicou a diretora Maria Ângela Leite.

As únicas atividades suspensas foram as do "Mais Educação", programa do Ministério da Educação que oferece atividades no contraturno escolar a 60 estudantes. Até o período da tarde, a diretora ainda aguardava uma posição do Núcleo Regional de Educação (NRE) sobre quando os consertos seriam iniciados.

Desde 2010, esta é a terceira vez que o Colégio Thiago Terra registra destelhamento. No último episódio, a espera pela reforma foi de quatro meses, conforme a diretora. O jeito foi conviver com as lonas e outros improvisos.

Entre os alunos, o clima era de apreensão. Mesmo sem estragos aparentes, uma das salas de aula tinha baldes pelo chão para conter goteiras. Um grupo de alunas do segundo ano do ensino médio chegou a procurar a diretora para saber sobre o encaminhamento dos consertos. "Nos colocamos à disposição dela para ajudar a ir atrás do que precisamos. A escola é nossa, temos que cobrar", diz a estudante Verônica dos Santos, de 15 anos.

De acordo com a chefe do NRE, Lúcia Cortez, o órgão ainda está levantando o custo do conserto. A demanda, em seguida, deve ser encaminhada a Curitiba. "Dependendo do valor é que teremos a previsão de quando o conserto será feito", observa.

MAIS REPAROS

Não são apenas os estragos da chuva que incomodam quem estuda no Thiago Terra. Parte do forro do banheiro feminino cedeu há alguns meses. Portas de algumas das cabines também precisam de conserto. Na quadra, os pilares da cobertura metálica mostram sinais de corrosão.

Embora tenha sido cedido pela Prefeitura ao Estado há quase cinco anos, o prédio ainda não teve toda a documentação repassada ao NRE. A situação impede que sejam repassados pelo governo recursos para reformas acima de R$ 150 mil. "Para o Estado fazer o investimento, é preciso que ele tenha o domínio sobre o imóvel", explicou a chefe do NRE.

O processo do termo de cessão da unidade, do município para o Estado, ainda segue em tramitação. Segundo o secretário Municipal de Gestão Pública, Rogério Carlos Dias, a Prefeitura vem fazendo um levantamento sobre os demais imóveis que seguem nesta situação. Ele enfatiza que a falta do termo não atrapalha a escola na obtenção de recursos emergenciais e que o caso pode ser resolvido sem demora. 

FONTE - FOLHA DE LONDRINA
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