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Novas regras afetam estudantes


Além de atingir pontuação mínima, egressos terão que comprovar renda familiar bruta

As novas regras do Fies afetam também os estudantes que, a partir de agora, podem se inscrever no processo seletivo desde que não tenham concluído curso superior e que tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota mínima de 450 pontos e nota na redação que não seja zero. Até a edição anterior, não era exigida pontuação mínima. Além disso, será necessário comprovar renda familiar mensal bruta per capita de até dois e meio salários mínimos.

Independentemente de terem participado do Enem, podem concorrer ao financiamento os estudantes que concluíram o ensino médio antes de 2010 e os professores integrantes do quadro de pessoal permanente da rede pública de ensino, em efetivo exercício do magistério da educação básica, desde que se inscrevam em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia. Eles serão classificados de acordo com o perfil socioeconômico.

Bruno Schroeder Pacheco, presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), afirmou que a entidade recebeu com muita preocupação a notícia sobre a redução drástica no volume de contratos de financiamento. "Somos contra qualquer redução nos investimentos, pois não se trata de custos, mas de investir no desenvolvimento através da educação", comentou ele, que esclareceu, também, que a prioridade em relação aos cursos com notas mais altas no Sinaes era uma reivindicação da União Nacional dos Estudantes (UNE). "Defendemos que o acesso ao ensino superior deve ser a instituições de qualidade, para que a formação dos estudantes seja eficiente", disse.

ASSISTÊNCIA

Outra reivindicação da entidade é que os alunos beneficiados pelo Fies sejam contemplados também por um programa de assistência estudantil. "Muitos estudantes trabalham de dia e estudam à noite, têm despesas em casa e ficam sem condições para compra de material, por exemplo. Também seria bom que as instituições facilitassem a alimentação, através de bandejões", comentou. Por conta desta preocupação, a UPE busca inclusive atuar mais fortemente com as instituições privadas. "A dificuldade maior é o acesso aos gestores para negociar, pois muitas pertencem a grandes grupos." (C.A.)
folha de londrina
UA-102978914-2