[Fechar]

Últimas notícias

POLÍTICA - Novatos da Assembléia Legislativa- PR esperam menos turbulência

Deputados de primeiro mandato avaliam votações polêmicas no início da legislatura e esperam agenda mais positiva na volta do recesso do Legislativo

Pedro Oliveira/Alep
Márcio Pacheco considera que os projetos encaminhados à AL pelo governador foram um desastre político para ele e para o Paraná
Curitiba – Dezenove dos 54 deputados que compõem a Assembleia Legislativa (AL) do Paraná estão em seu primeiro mandato e jamais pensaram que iriam passar pelas situações vivenciadas durante o primeiro semestre. Com diversos debates e confusões em votações polêmicas, esses parlamentares esperam trabalhar com uma agenda positiva na Casa logo após o recesso do Legislativo.

Apesar disso, alguns deputados acreditam que nem sempre a tranquilidade dentro da AL pode significar algo produtivo. Márcio Pacheco (PPL) avalia que todas as discussões que ocorreram na Casa foram positivas. "Nem sempre a tranquilidade é bem-vinda no meio político. Por exemplo, se tivéssemos aprovado todos os projetos enviados pelo Executivo com tranquilidade, que era o que o governador desejava, certamente a sociedade não teria se aprofundado sobre esses assuntos", afirmou.

Segundo Pacheco, os projetos encaminhados à AL pelo governador foram um desastre político para ele e para o Paraná e, por isso, ocorreu um enfrentamento tão forte, especialmente na questão da Paranaprevidência e também sobre o reajuste para o funcionalismo estadual. "Foi importante porque tudo isso permitiu que a população conhecesse o perfil de cada deputado de maneira mais clara", apontou.

Para Guto Silva (PSC), o País passa por uma transformação na forma de participação da população em grandes discussões e, por consequência, isso naturalmente impacta na Assembleia. "Foi um momento crítico não somente para a AL e Poder Executivo, mas também para o cenário político em Brasília. Está ocorrendo uma análise profunda das instituições democráticas e isso é importante", afirmou.

Ele espera que a partir do segundo semestre outras pautas importantes também possam ser discutidas na Casa. "Acredito que agora é um momento de olhar para frente e compreender o que aconteceu, os erros, mas sobretudo, ter grandeza para colocar o Paraná no eixo. Mas, sem dúvida, não podemos negar a importância da discussão ampla que tivemos", completou.

De acordo com Tião Medeiros (PTB), os primeiros meses foram difíceis, mas fundamentais para consolidar um mandado de quatro anos. "Foi uma fase importante para o Paraná e, não há como negar que foi difícil para nós, mas isso representa um crescimento grande do ponto de vista político", disse.

A mesma opinião é compartilhada pela deputada Maria Victoria (PP). Para ela, foi um primeiro semestre fora do normal. "Nunca aconteceu nada parecido na Assembleia Legislativa e, com certeza, foi um grande escola para nós. Somos deputados em primeiro mandato e chegamos no meio de uma turbulência e tivemos que aprender com tudo isso. Espero que o segundo semestre seja mais tranquilo para que novas propostas possam ser apresentadas", destacou.

Chico Brasileiro (PSD) admite que ficou surpreso com tudo o que aconteceu no começo de seu mandato. "Não dá para imaginar o que vivemos e presenciamos nesses seis meses, foi surpreendente. Nós esperávamos discutir questões pontuais dentro de uma agenda desenvolvimentista para o Paraná e tudo isso foi deixado de lado em função dos projetos polêmicos que o governo enviou para a Casa", ressaltou. O parlamentar também concorda que foi importante ter passado por todas as turbulências para que cada um dos deputados apresentasse sua postura na Casa.
Rubens Chueire Jr.
Reportagem Local-folha de londrina
UA-102978914-2