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Prefeitura de Abatiá é notificada por crimes ambientais

Se aplicadas, multas podem ualtrapassar R$ 100 mil

Abatiá - A Polícia Ambiental (PA) notificou esta semana a Prefeitura de Abatiá, no Norte Pioneiro, por diversos crimes ambientais encontrados no aterro municipal, conforme havia sido denunciado pela FOLHA na semana passada. Se aplicadas, a soma total das multas pode ultrapassar R$ 100 mil. O documento será entregue ainda esta semana ao Ministério Público Estadual (MP-PR) e ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), responsável pela autuação.

De acordo com o soldado da Polícia Ambiental, Iran Siqueira, que na semana passada fiscalizou o aterro com o soldado Renato Claro, várias irregularidades foram constatadas na área. Conforme Siqueira, os rejeitos são depositados em valas abertas no solo sem qualquer forma de preparo para receber o material. "As valas não possuem a geomembrana (espécie de lona plástica), onde após o lixo ser depositado é coberto com terra. O material depositado está em contato direto com o solo que está sendo poluído. Para piorar ainda mais a situação, o lixo está sendo queimado e a fumaça produzida é altamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente. Como se não bastasse, diversas carcaças de animais foram encontradas espalhadas pelo aterro. Sãos ossos, vísceras e outras partes de animais depositados a céu aberto pelo matadouro municipal. Os crimes ambientais são graves e o município precisa se adequar imediatamente", avaliou o policial.

Ainda de acordo com a Polícia Ambiental, o procurador jurídico do município, Francisco Pimentel de Oliveira, foi informado e notificado – representando a prefeita Maria de Lurdes Ferraz Yamagami – pelos crimes ambientais flagrados no aterro municipal. Além da prefeitura, o matadouro municipal também foi notificado pela Polícia Ambiental e terá um prazo já estipulado para regularizar a destinação correta das carcaças de animais.

MEDIDAS

De acordo com o técnico em agropecuária Leonardo Carlos Martins Junior, que responde pela Secretaria Municipal de Agricultura e do Meio Ambiente de Abatiá, o município já está negociando o recolhimento dos rejeitos com uma empresa privada de Assaí e a prefeitura também já notificou a administração do matadouro municipal para suspender imediatamente o descarte de carcaças de animais no aterro.

O presidente da associação que administra o matadouro municipal, Adenir Pinheiro da Costa, admitiu que toda semana cerca de dez carcaças de animais eram descartadas no aterro. No entanto, o pecuarista informou que a medida foi suspensa depois que a entidade foi notificada pela prefeitura e pela Polícia Ambiental quanto à gravidade do problema. Uma empresa foi contratada e passará a recolher as carcaças de animais no matadouro.
Luiz Guilherme Bannwart
Especial para a FOLHA DE LONDRINA
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