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Quadrilha do ‘cangaço’ pode ter migrado para o Estado

Polícia vê semelhanças entre assaltos em Borrazópolis e Kaloré

Os setores de inteligência das polícias Civil e Militar apuram informações para identificar os quatro suspeitos que assaltaram simultaneamente duas agências bancárias no centro do município de Borrazópolis, no Norte do Paraná. Armada com fuzis, a quadrilha fechou a rua onde estão os bancos Sicredi e Banco do Brasil, rendeu os vigias e fez um "escudo humano" na calçada com reféns, entre eles, funcionários e clientes.

O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial, José Aparecido Jacovós, revelou que uma das linhas de investigações é de que quadrilhas podem ter migrado das regiões Norte e Nordeste para o Sul do País, com objetivo de planejar e executar assaltos em agências bancárias, principalmente em pequenos municípios. Ele chamou a ação de "roubo do cangaço", caracterizada quando um grupo fortemente armado fecha o acesso aos bancos ou utiliza reféns para impedir a chegada de policiais antes de fugir do município. "Estamos trocando informações com as polícias de outros estados na tentativa de identificar os suspeitos. Os elementos estavam encapuzados, mas mesmo assim é possível fazer a identificação de parte dos rostos", comentou. Além disso, ele descartou o envolvimento da quadrilha que assaltou os bancos em Borrazópolis em explosões de caixas eletrônicos.

Na última quarta-feira, Jacovós se reuniu com os delegados de Jandaia do Sul, Ivaiporã, São João do Ivaí, Faxinal, Grandes Rios e Marilândia do Sul para discutir a atuação dos criminosos no Vale do Ivaí com intuito de concentrar as informações e investigações na 17ª Subdivisão Policial, conforme recomendação da Secretaria de Segurança Pública (Sesp). "Há mais de 30 dias, tivemos um assalto com algumas semelhanças em uma agência bancária em Kaloré", lembrou o delegado-chefe, que preferiu não passar mais informações para não prejudicar o andamento das investigações.

Os quatros assaltantes fugiram de Borrazópolis na última terça-feira em um veículo Hyundai I30, com placas de São Paulo, com um vigia do banco no capô do veículo. Após abandonar os reféns na saída do município, os assaltantes passaram por um bloqueio policial com pedras e madeiras na PR-170, onde houve troca de tiros. O veículo foi abandonado em uma área rural, mas nenhum suspeito foi detido.
Rafael Fantin
Reportagem local-FOLHA DE LONDRINA
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