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Adolescente que ficou cego ao salvar amigo no futsal viaja para a Tailândia

Vinícius, de 14 anos, mora em Guarapuava, na região central do Paraná. 
Ele vai ao exterior fazer um tratamento experimental com células-tronco.

Alana FonsecaDo G1 PR, em Guarapuava
“Nós estávamos jogando e eu chutei a bola no travessão, a trave balançou e ia cair em cima do goleiro. Daí, eu empurrei o goleiro e sobrou para mim”, conta Vinícius (Foto: Solange Bail/Arquivo pessoal)“Nós estávamos jogando e eu chutei a bola no travessão, a trave balançou e ia cair em cima do goleiro. Daí, eu empurrei o goleiro e sobrou para mim”, conta Vinícius (Foto: Solange Bail/Arquivo pessoal)
O menino Vinícius Bail, que ficou cego ao se envolver em um acidente durante um jogo de futsal na escola, viaja para a Tailândia na quarta-feira (2). Após uma campanha na internet, o adolescente de 14 anos de Guarapuava, na região central do Paraná, conseguiu os R$ 150 mil necessários para um tratamento experimental com células-tronco no exterior.
Vinícius perdeu a visão em 2014. “Nós estávamos jogando e eu chutei a bola no travessão, a trave balançou e ia cair em cima do goleiro. Daí, eu empurrei o goleiro e sobrou para mim”, explica o menino sobre como perdeu a visão. Depois do acidente, ele ficou internado por um mês – 22 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Além de não enxergar mais, Vinicius também perdeu o movimento de uma das pernas e de um dos braços. Depois de várias sessões de fisioterapia, conseguiu voltar a movê-los. Aos poucos, com a ajuda dos médicos e da família, o menino tem tentado superar as dificuldades, mas sem previsão para voltar a enxergar.
O tratamento
O tratamento experimental com células-tronco que o adolescente fará não é oferecido no Brasil. Conforme o Conselho Regional de Medicina, não há estudos científicos para tal procedimento. No entanto, os pais do adolescente, que garantem ter pesquisado bastante sobre o assunto, preferem arriscar.
"A nossa maior dor ainda é o nosso filho não enxergar. A nossa luta é essa. Vamos fazer o possível até onde a gente conseguir com as nossas forças e dos amigos", relata a mãe, Solange Bail, que vai acompanhar o filho durante a viagem.
A campanha que arrecadou a quantia necessária para Vinícius viajar durou cinco meses e contou com a ajuda da família, de amigos, do colégio em que ele estuda, do time de fustal da cidade e de muita gente que se emocionou com a história do menino. Agora, mãe e filho seguem para Bancoque, capital da Tailândia, onde ficam até 29 de setembro.
O pai, que ficar no Brasil para cuidar dos irmãos do menino, revela que está ansioso. “Nós vamos manter contato o tempo inteiro, mas fica aquela agonia, né? Eu sei que vai tudo correr bem. Torcemos para que o tratamento tenha eficácia. Não esperamos um milagre e, sim, uma boa melhora”, explica Edvilson Santos.
Conselho Regional de Medicina não aconselha tratamento. Pais dizem que preferem arriscar (Foto: Solange Bail/Arquivo pessoal)Conselho Regional de Medicina não aconselha tratamento. Pais dizem que preferem arriscar (Foto: Solange -globo.com
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