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Crescimento populacional de Maringá é o dobro de Londrina

Segundo o IBGE, Londrina tem 548.250 habitantes, o que significa aumento de 12,2% na última década. População de Maringá aumentou mais de 24,6% de 2005 a 2015

Paulo Pinto/Fotos Públicas
De acordo com o levantamento do IBGE, o País tem 204,5 milhões de habitantes, um aumento de 0,83% em relação a 2014
 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem as estimativas populacionais dos 5.570 municípios brasileiros com dados do primeiro semestre de 2015. De acordo com o levantamento, o País tem 204,5 milhões de habitantes, um aumento populacional de 0,83% em relação a 2014. Londrina cresceu acima da média nacional e possui, atualmente, 548.250 habitantes, o que representa aumento populacional de 0,96% em 2015.

Nos últimos 10 anos, a cidade ganhou aproximadamente 60 mil habitantes, registrando um crescimento populacional de 12,2%, um dos menores entre os maiores municípios do Estado. Na década, o índice de Maringá foi o dobro, 24,6%, seguido por São José dos Pinhais (17,9%), Ponta Grossa (12,5%) e Cascavel (12,4%). Já a população de Foz do Iguaçu diminuiu 12,4% em 10 anos. Segundo o IBGE, Curitiba teve um crescimento de 6,9%, e possui hoje 1,8 milhão de moradores. Já a população paranaense aumentou cerca de 6% entre 2010 e 2015, com mais de 11,1 milhões de habitantes.

A presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Londrina (Ippul), Inês Dequech, lembrou que o município passou a maioria da última década sem ter o Plano Diretor aprovado, o que é fundamental para o planejamento urbano e esclarecimentos das regras para implantação de empreendimentos. "A aprovação da Lei de Uso e Ocupação do Solo e do próprio Plano Diretor é importante para o crescimento organizado e sustentável e incentiva o equilíbrio entre desenvolvimento e crescimento no município", comentou.

Segundo ela, o planejamento do trânsito é um dos principais desafios das grandes cidades, pois a frota de veículos cresce, em média, mais do que a população. "Por isso, investimos no transporte coletivo, em ciclovias e na regulamentação das calçadas. O Plano Diretor também é importante, pois abre o caminho para outros planos municipais como o de Mobilidade Urbana", acrescentou. O estudo do IBGE aponta para o crescimento populacional em pequenos municípios, com média anual de 1,3%, acima das grandes cidades. "A qualidade de vida nestes locais é maior e é preciso investir em políticas públicas para melhorar a qualidade de vida nos grandes centros, com praças e lazer, para devolver a cidade à população", avaliou Inês.

INDÚSTRIAS

O presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, afirmou que a falta de políticas para atração de indústrias influenciou o crescimento populacional na cidade nos últimos 10 anos. Ele projetou que o resultado pode ser revertido na próxima década por causa das medidas de incentivo e criação de parques industriais no município. "Além da atração das empresas, o desenvolvimento industrial também fixa a mão de obra na cidade. Muitas pessoas que estudam em Londrina acabam saindo do município e outras que se formam fora permanecem em outros mercados", analisou.

IDOSOS

A professora de Geociências do Centro de Ciências Exatas (CCE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Viviane Borges analisou que existe uma tendência de migração dos grandes centros para pequenas cidades, principalmente da população mais idosa, que aumentou no Brasil por causa das melhorias na expectativa de vida. "Os idosos retornam para os pequenos municípios em busca de qualidade em locais que não apresentam problemas em áreas como trânsito e segurança."

MAIS DE 500 MIL

Londrina ficou entre as oito cidades acima de 500 mil habitantes com maiores crescimentos populacionais nos últimos 10 anos. No mesmo período, Ribeirão Preto cresceu 20,8%, o maior entre os municípios do interior com mais de 500 mil moradores no País. A cidade paulista tem 666.323 habitantes, segundo o IBGE. Joinville, com 562.150 moradores, ocupa a quarta colocação, com crescimento populacional de 15,4% na década.
Rafael Fantin
Reportagem local-folha de londrina
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