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(POST 27/08/2015)CURSO DE MEDICINA - Governo afrouxou critérios, diz Conselho Federal


POSTADO EM 27/08/2015
Brasília - Os critérios para a abertura de cursos de Medicina foram afrouxados pelo governo, afirma o Conselho Federal de Medicina. As mudanças, estabelecidas numa portaria editada em abril, na avaliação da entidade, tornam genéricas as exigências sobre o número de leitos e de equipes de saúde da família necessários para a abertura de novos cursos de Medicina, que haviam sido estabelecidas em 2013.

"Há casos em que o hospital de ensino está distante 400 quilômetros da escola", afirma o presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital. "Isso impede uma boa formação. A instituição tem de estar a uma distância que permita visitas diárias."

O conselho apresentou ontem a Radiografia de Ensino Médico, um estudo feito entre maio e julho deste ano com dados sobre os cursos em funcionamento no País. O trabalho demonstra que, dos 42 municípios que receberam escolas médicas desde 2013, cinco estão em regiões que não atendem aos critérios mínimos de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) para cada aluno matriculado, o equivalente a 11%.

São elas: Lavras, Adamantina, Jataí, Mineiros e Alfenas. Desse universo, três também não apresentam o número mínimo de Equipes de Saúde da Família para acolher o número de estudantes: Jataí, Mineiros e Alfenas.

Os critérios para a abertura de escolas de Medicina estabelecidos em 2013 determinaram, num primeiro momento, que fossem levados em consideração os dados da cidade que abriga a escola. A regra fixava o máximo de três alunos por equipe de saúde da família e cinco leitos cadastrados no SUS dentro do município. Meses depois, no entanto, a lógica foi alterada: a proporção deveria tomar como base a estrutura da região e não apenas da cidade.

O estudo feito pelo conselho avaliou também quais seriam as cidades que se adaptariam às primeiras regras. Pelo levantamento, 60% não atenderiam ao quesito de leitos mínimos do SUS e 42% não atenderiam ao número de equipes de saúde da família. (Lígia Formenti/Agência Estado) 
Lígia Formenti
Agência Estado-VIA FOLHA DE LONDRINA
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