[Fechar]

Últimas notícias

Dois jornalistas são mortos a tiros durante transmissão ao vivo nos Estados Unidos

Alison Parker e Adam Ward, repórter e cinegrafista da emissora WDBJ7, da Virgínia, foram atacados na manhã desta quarta-feira em um centro comercial; atirador está foragido

Dois jornalistas de uma emissora americana do Estado da Virgínia foram mortos nesta quarta-feira, 26, enquanto faziam uma entrevista no condado de Bedford que era exibida ao vivo pelo canal WDBJ7, afiliada da CBS (veja abaixo o vídeo do ataque).



Nas imagens feitas pelo cinegrafista Adam Ward, de 27 anos, antes de morrer é possível escutar disparos de arma de fogo segundos antes de a câmera cair no chão. O equipamento também registrou imagens das pernas do atirador que matou a jornalistas Alison Parker, de 24 anos. O assassinato de Alison não foi filmado pela câmera, mas é possível escutar seus gritos depois de ser baleada.

Reprodução/WDBJ7
Reprodução/WDBJ7 - Dois jornalistas da emissora WDBJ7 foram mortos a tiros nos EUA durante uma transmissão ao vivo
Dois jornalistas da emissora WDBJ7 foram mortos a tiros nos EUA durante uma transmissão ao vivo


De acordo com Jeffrey Marks, gerente da emissora, a motivação e o autor do crime ainda são desconhecidos. Marks disse também que o suspeito, até o momento, não foi localizado.

De acordo com informações publicadas pela WDBJ7 em seu site e no microblog Twitter, os dois jornalistas estavam em um centro comercial quando foram atacados.


Agência Estado-via folha de londrina

Assassinatos de jornalistas ao vivo chocam EUA

AFP
Repórter e cinegrafista foram mortos a tiros por um ex-colega de trabalho durante entrevista; acusado gravou o crime no celular
São Paulo – O suspeito de matar a repórter Alison Parker, 24, e o cinegrafista Adam Ward, 27, durante uma reportagem ao vivo nos EUA, ontem pela manhã, morreu no hospital para onde foi levado pela polícia no início da tarde. O suspeito foi interceptado por agentes em uma estrada interestadual em Fauquier, a 250 km de Moneta, onde aconteceu o crime. Após se recusar a atender a ordem dos policiais, ele perdeu o controle do carro e bateu.

Ao abrir o veículo, os agentes o encontraram com uma marca de disparo, o que, segundo a polícia, pode ter sido uma tentativa de suicídio. Ele foi levado pelos policiais a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. O suspeito foi identificado como o jornalista Vester Lee Flanagan 2º, 41. Morador de Roanoke, na Virgínia, ele usava Bryce Williams como nome profissional e trabalhou como apresentador no canal WDBJ, o mesmo de Parker e Ward, entre 2012 e 2013. Ele gravou todo o ataque com seu próprio celular e publicou o vídeo no Twitter minutos depois. Nas imagens, filmadas com o celular na vertical e com a mão esquerda, ele se aproxima dos dois jornalistas e da entrevistada.

Em seguida, saca a pistola com a mão direita e começa a disparar contra as vítimas. Enquanto atira, abaixa o celular, as imagens ficam tremidas e não é possível ver os jornalistas sendo atingidos. Depois de publicar o vídeo, ele disse no Twitter que a ação foi motivada por xingamentos racistas que teriam sido feitos por Parker enquanto ele trabalhava no WDBJ. A página no microblog foi apagada após o vídeo ser divulgado pela imprensa.

Outras páginas atribuídas a Flanagan/Williams nas redes sociais mostram a preparação do crime. Na semana passada, uma página do Facebook em seu nome foi atualizada com um vídeo mostrando seu trabalho e outro em uma loja de armas.

Flanagan deixou a WDBJ em fevereiro de 2013. Em maio do ano passado, ele entrou com uma ação judicial contra a empresa pedindo indenização por discriminação feita pelos colegas, mas o processo foi rejeitado pelo juiz dois meses depois.
UA-102978914-2