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Encontro de carros antigos movimenta Ibiporã

Evento segue até a tarde de hoje com apresentações culturais e praça de alimentação

Fotos: Saulo Ohara
Zeca Lopes trouxe quatro raridades para o encontro: "Sempre gostei de carros antigos. Cada carro tem sua história e traz uma lembrança diferente"
"Aqui, os mais caros custam de R$ 90 a R$ 100", adianta Adilson Senhorinho, que oferece carros em miniaturas para colecionadores
Ibiporã – O Fusca 1966 do jardineiro Francisco Eduardo Silva deixou saudades. O carro, vendido há 25 anos, deu lugar a uma Kombi. "Eu precisava de mais espaço", justifica. Silva foi um dos primeiros visitantes que compareceu ao Encontro Anual de Veículos Antigos e Customizados de Ibiporã. O evento, que começou na manhã de ontem, segue até o final da tarde de hoje na Praça Pio XII, em frente à igreja matriz da cidade.

Ao observar as relíquias estacionadas na praça, Silva voltou no tempo. "Fiquei na estrada muitas vezes com o meu Fusca. Uma vez estava voltando de Sertanópolis para Ibiporã e ele pifou às 2h da manhã com muita chuva. Tive que esperar a bobina esfriar. Isso acontecia direto. Foi um carro que me deu também muitas alegrias. Ficou na memória", conta em meio aos veículos dos colecionadores.

O encontro anual é o primeiro realizado pelo Motor Clube de Ibiporã em comemoração ao aniversário de um ano do grupo. Cerca de 300 veículos de colecionadores do Paraná, do Sul de São Paulo e do Sul do Mato Grosso do Sul serão expostos durante o evento. Na manhã de ontem, a passagem dos carros atraiu curiosos e movimentou a cidade.

De Londrina, o engenheiro Zeca Lopes trouxe quatro raridades para o encontro: um sedan Ford LTD 1976, um jipe DKW Candango 1960, um conversível Mercedes Benz SL 230 produzido em 1965 e um Roadster Chrysler 62 de 1929. Este último foi adquirido em 1969 na cidade de Piraí, no Rio de Janeiro. "Sempre gostei de carros antigos. Esse foi o primeiro que comprei para participar de uma corrida de carros antigos entre Londrina e Apucarana. Completei a prova em primeiro lugar! Cada carro tem sua história e traz uma lembrança diferente", destaca. Os veículos exigem cuidados especiais. São lavados minuciosamente. Peças raras são trazidas dos Estados Unidos para deixar a manutenção em dia. "A paixão por carro antigo é uma questão de gosto, nasce com a pessoa", completa um dos diretores do Clube do Carro Antigo de Londrina, João Marin, ao lado do GM Chevrolet Bel Air 1957.

Peças antigas e originais estão à venda no evento. Maçanetas, placas, volantes, velocímetros e outros itens podem ser encontrados em uma das barracas. "Essa lanterna, por exemplo, é uma raridade. É de uma Kombi de 1960 e vem até com a borracha original", anuncia o vendedor Walceir Nunes. A lanterna custa R$ 200.

Um dos carros expostos também pode ser levado para a casa. O aposentado Emil Saca quer adquirir outro veículo antigo e, para isso, pretende vender o Ford 1929, mais conhecido como Ford Bigode, por R$ 100 mil. "Estou de olho em outro carro, do mesmo modelo, mas zerinho que está no interior de São Paulo", justificou. O preço assustou o encarregado Rodrigo Aparecido Abilio que passeava com o filho. "Eu até gostaria de ter, mas isso é para quem pode encarar esse preço", diz, observando a beleza dos outros veículos. Na barraca ao lado, carros em miniatura para colecionadores apresentam preços mais reduzidos. "Aqui, os mais caros custam de R$ 90 a R$ 100", adianta o vendedor Adilson Senhorinho. Os Impalas estão entre os modelos mais procurados.

O presidente do Motor Clube de Ibiporã, Fábio Petri, ressalta que várias apresentações culturais serão realizadas durante o encontro. "Temos atividades programadas o dia todo, apresentação de bandas, praça de alimentação. Além dos apaixonados por carros, esperamos que muitas famílias passem por aqui. Queremos confraternizar", comemora. Os organizadores esperam atrair, aproximadamente, 10 mil pessoas até o final da tarde de hoje. O evento conta com o apoio da Fundação Cultural de Ibiporã.
Viviani Costa
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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