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Iphan suspende até 30 de setembro transferência da locomotiva belga

Mobilização da comunidade londrinense começa a dar resultado para assegurar a permanência da manobreira ferroviária na cidade

O Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) suspendeu até 30 de setembro a remoção de Londrina da manobreira La Meuse, número 101, fabricada na Bélgica. O acordo foi firmado na manhã de hoje (dia 24), em Curitiba, em reunião de lideranças londrinenses com o superintendente estadual do Iphan, José La Pastina Filho.

O deputado estadual Tercilio Turini, um dos presentes, destaca que a decisão é resultado da mobilização da comunidade em defesa da permanência da máquina ferroviária em Londrina. “Relatamos aos dirigentes do Iphan a indignação dos londrinenses, que não aceitam a transferência de um equipamento que está na cidade desde 1998 e já foi incorporado à história e à memória do município”, diz.

O início da reunião foi tenso, com Iphan e Associação Brasileira de Patrimônio Ferroviário (ABPF) irredutíveis quanto à transferência da locomotiva, que estava programada para terça-feira. “Disseram que o caminhão-guincho já está em Londrina para providenciar o transporte da máquina. Alertamos sobre risco até de conflito e consequências políticas que a remoção poderia acarretar. Felizmente aceitaram nossa argumentação e houve o acordo”, informa o deputado.

Até 30 de setembro novas conversas e reuniões vão analisar a destinação do patrimônio ferroviário de Londrina. “Os diretores do Iphan e da associação se dispuseram a participar de audiência pública para debater o tema. É importante convocá-la e a comunidade participar, mostrando que está unida pela permanência, restauração e preservação da manobreira”, afirma.

O documento que evita a remoção da manobreira 101 cita também a locomotiva 804 Baldwuin, já restaurada pela Prefeitura e Universidade Estadual de Londrina e mantida no Museu Histórico. “Essa máquina igualmente está ameaçada de ser retirada de Londrina. Portanto, foi incluída no acordo para evitar que seja removida”, ressalta Tercilio Turini.

O deputado estadual lembra que no primeiro semestre de 2014 a reitoria da UEL já havia formalizado ao Iphan, por meio de ofício, a intenção de receber, recuperar e manter no Museu a manobreira belga. “A UEL já se dispôs a cuidar da máquina. Ou seja, não tem sentido querer levá-la embora da cidade”, argumenta.

Também participaram da reunião em Curitiba o deputado federal Alex Canziani, a secretária de Cultura de Londrina, Solange Batigliana, a diretora de Patrimônio Histórico, Vanda Moraes, a diretora do Museu, Regina Alegro, outros diretores do Iphan e o dirigente da ABPF, Rodrigo Dolenga. O deputado federal Marcelo Belinati participou da intermediação para marcar o encontro em Curitiba, mas não pode estar presente.

Segue em anexo a ata da reunião.

MAIS INFORMAÇÕES

Tercilio Turini – (43) 9994.4535
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