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Romário apela ao STF para investigar Del Nero

São Paulo - A CPI do Futebol, presidida pelo senador Romário (PSB-RJ), vai justificar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a quebra do sigilo bancário e fiscal do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, é necessária porque há indícios de que ele faz parte da investigação do Departamento de Justiça dos EUA sobre corrupção no futebol.

A CBF entrou na quarta-feira com um recurso no STF contra a quebra do sigilo bancário e fiscal de Del Nero. O pedido está com o ministro Luiz Edson Fachin.

Na justificativa, que seguirá linha já apresentada no requerimento com o pedido da quebra, a CPI citará indícios de que Del Nero pode ser o "coconspirador 12". Segundo a investigação norte-americana, este cartola, de nome não revelado, participou do recebimento de propinas para fechar contratos com empresas de marketing esportivo para ceder os direitos de realização e transmissão de campeonatos da Conmebol, como a Libertadores, e da Copa do Brasil (torneio de clubes).

A CPI também citará que o período pedido para a quebra, que engloba de 12 de março de 2012, quando Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF e José Maria Marin assumiu, com Del Nero de vice, a 27 de maio de 2015, quando Marin foi preso na Suíça, tentará mostrar que Del Nero era o homem-forte da CBF no período, participando de todas as negociações de contratos.

Romário citará até uma reportagem da revista "Veja", que o senador prometeu processar por ter feito matéria o acusando de ter uma conta bancária milionária na Suíça. A reportagem citada da revista levanta suspeita sobre suposto barco usado por Del Nero, que poderia ter sido pago por Kleber Leite, da Klefer, empresa de marketing esportivo envolvida nas investigações do Departamento de Justiça dos EUA.
Marcel Rizzo
Folhapress-folha de londrina
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