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Tecka Santos comemora conquistas em Toronto


Celso Pacheco
Tecka Santos se prepara agora para a disputa do Mundial de Para-atletismo, no Catar
A para-atleta Tecka Santos, de 34 anos, retornou recentemente dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá, com um extra na bagagem: duas medalhas de prata. Nos 100 e 200 metros rasos. "Esse é um peso que não incomoda nem um pouco, pelo contrário", comemora.

Natural de Caxias, no Maranhão, foi em 2011, por meio de um amigo, que Teresinha de Jesus Correia dos Santos, foi apresentada ao paradesporto e escolheu Londrina para viver e treinar. Deixou o futebol amador de lado, adotou Tecka Santos como nome de guerra e, sem preconceitos, abraçou a ideia. "Fui ver no que dava e não acreditava que eu estava no foco dos treinadores", ressalta a para-atleta, que sofreu uma amputação no braço esquerdo quando tinha 7 anos após ter um acidente durante uma brincadeira com a prima.

Tecka surpreendeu-se com a própria performance e precisou apenas de 15 dias de treinos para mostrar seu potencial. "Fui para a primeira competição da minha vida como atleta, um circuito regional, e consegui índice para o Brasileiro." Na época, Tecka superou os 100 metros rasos em 14s80. "Entrei superbem, mas hoje meu objetivo é cravar 12s70", declarou a maranhense, que tem como melhor marca na prova, 12s82. Ela completa os 200m em 26 segundos e os 400m em 59s31.

MUDANÇA
A partir daquele circuito regional, a vida da moça que entregava marmitas no centro de Londrina mudou. "Foi uma reviravolta para melhor. Até então, eu só conhecia o meu estado e o Paraná. Eu era gordinha e o esporte tem me proporcionado experiências incríveis. Conheço Berlim, Dubai, Lyon, Toronto e a Holanda. Tudo graças ao esporte."

E a para-atleta não se cansa das conquistas. Após 18 dias de viagem, que incluíram quatro de competição e concentração intensos, Tecka aterrissa em Londrina determinada. "Os dias de folga são para resolver o que ficou pendente. Questões burocráticas, mas já começo a treinar focada para o Mundial de Para-atletismo, que será em outubro, em Doha, no Catar, e da Paralimpíada de 2016. "Representar o Brasil é uma responsabilidade. É difícil explicar com palavras a adrenalina de vestir a camisa do país e saber que você vai disputar com oito países diferentes."
Walkiria Vieira
Grupo Folha-FOLHA DE LONDRINA
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