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(22-11-2015) Montadoras apresentam modelos 2016 na Fenatran

Volvo apostou em inovação ao lançar o FH 6x4 com suspensor de eixo e a DAF Caminhões apresentou a Space Cabe, a maior cabine da categoria

Divulgação
Eixo suspensor da Volvo permite desengate e levante do segundo eixo de tração, proporcionando maior economia de combustível

São Paulo - Conforto, tecnologia e inovação. Estes conceitos deram tom aos lançamentos apresentados pelas montadoras de caminhões Volvo e DAF Caminhões durante o 20º Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas (Fenatran) realizado de 9 a 13 de novembro, no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo. A montadora de Ponta Grossa levou para o evento o pesado CF85 e a Volvo apresentou o FH 6x4 com eixo suspensor.
O CF85 chega ao mercado com a proposta de ter uma das maiores e mais confortáveis cabines da categoria. A montadora oferece duas opções: a Slepper, com 1,60 metro de altura, e a Space Cab, com 2,23 metros de altura, ambas com 2,26 metros de largura interna.
Ergonomia é a palavra-chave destas cabines. A posição do banco permite acesso aos controles e visibilidade. O tamanho e o formato do vidro possibilitam uma visão mais ampla da estrada, diminuindo os pontos cegos. O conforto acústico é garantido pelo isolamento do som externo pelo baixo ruído do motor, o que dá maior sensação de conforto ao motorista.
O caminhão conta com diversos equipamentos, como cama simples ou beliche, diferentes combinações de spoilers, ar-condicionado, preparação para climatizador de teto, controlador de velocidade e sistema de alto-falantes, espaços para geladeira e micro-ondas.
O CF85 ainda sai de fábrica com barra frontal anti-intrusão, para-choque em aço galvanizado, primeiro degrau acoplado ao chassi, retrovisores bipartidos com desembaçador térmico nos dois lados e faróis halógenos birrefletores com lentes Lexan ultrarresistente.
Em teste há dois anos no Brasil, a DAF investiu mais de 50 milhões de euros no projeto de nacionalização do CF85, que apresenta excelência em resistência e robustez, conforto e consumo de combustível, segundo Felix Hendricks, diretor de Desenvolvimento de Produto da DAF.
O modelo é oferecido em cavalo mecânico nas versões 4x2 e 6x2, equipados com o motor PACCAR MX 12.9 litros, capaz de gerar potências de 360 cv ou 410 cv. O trem de força recebe transmissão ZF de 16 marchas automatizada direct drive. O veículo é indicado para transporte de curta e média distância e uso em cegonhas, transporte químico, carregamento de insumos agrícolas e cargas fracionadas.

SUSPENSOR DE EIXO
A Volvo apostou em inovação e apresentou o cavalo mecânico FH 6x4 com eixo suspensor. Considerado uma revolução no mercado, permite que o motorista desengate e levante o segundo eixo de tração durante o trajeto com pouco ou nenhum a carga, proporcionando maior economia de combustível. Para isso, basta acionar dois botões localizados no painel de instrumentos.
Utilizando um engate estriado entre-eixos, o segundo eixo pode ser desengatado e elevado. Na posição de automático, um sistema eletrônico impede que o veículo trafegue com o eixo elevado quando está carregado. Ao mesmo tempo, garante a elevação automática do último eixo quando o veículo está sem carga. A elevação é de 14 centímetros, a mesma altura que se eleva um caminhão 6x2 com eixo com dispositivo semelhante.
O gerente de vendas do Grupo Volvo América Latina, Álvaro Menoncin, explica que com o suspensor de eixo ligado há redução no arrasto, nas perdas mecânicas e no consumo de diesel. Quando o sistema é acionado, o caminhão passa para a configuração 4x2 e, de acordo com Menoncin, a economia de combustível chega a 4%. O raio de giro também é reduzido, em média em 15%, o que diminui o desgaste dos pneus e dos sistemas de suspensão.
Para o diretor comercial da Volvo, Bernardo Fedalto Júnior, a nova tecnologia tem grande potencial, já que cerca de 50% das vendas da marca são para operações que, em algum momento, possuem trajetos onde o caminhão roda com pouca ou nenhuma carga. O 6x4 com eixo suspensor é apontado como uma solução mais otimizada para meios de transporte em que o fator de carga é de cerca de 50%, como madeira, tanques e, inclusive, graneleiros.

* A repórter viajou a convite da organização do evento
Aline Machado Parodi
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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