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Mulher que estava em carro que caiu no mar chora e diz que não foi ajudada

A mulher que estava no carro que caiu no mar enquanto realizava a travessia de balsas entre as cidades de Guarujá e Santos, no litoral de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (20), chorou ao ver o carro ser retirado da água e lembrar dos momentos de pânico que viveu durante o acidente.
A comerciante Patricia de Souza estava com seu marido, o empresário Fernando Bernardo, dentro do carro quando ele caiu na água. O acidente aconteceu por volta das 16h, na travessia de balsas no sentido de Guarujá para Santos.
A embarcação já havia atracado, quando, segundo testemunhas, se movimentou e causou o acidente.
Vítima chorou após cair de balsa no litoral de São Paulo (Foto: G1)Vítima chorou após cair de balsa no litoral de São
Paulo (Foto: G1)
Patricia ficou em choque após ser retirada do mar pelo marido, que afirma que eles estavam voltando de um evento quando o acidente aconteceu. Ao ver o carro ser retirado do mar, ela chorou.
"Assistir tudo isso novamente é como se eu estivesse presenciando tudo de novo. Do jeito que aconteceu com a gente poderia ter acontecido com outras pessoas também, é feriado, tem muita gente indo e vindo", diz.
Ela afirma que mesmo após todos os tripulantes da balsa terem visto o carro cair na água, ninguém prestou socorro.
"Quero uma explicação para tudo isso sabe, eu quero saber o porque de ninguém ter me socorrido. Será que não tinha uma pessoa no momento de um acidente desses que pudesse ajudar ou um bombeiro dentro da barca que soubesse o que fazer? Porque ninguém tentou me tirar da água, a não ser meu marido", fala.

A Dersa, empresa que administra a travessia, afirmou que não houve falha no motor e, ao que tudo indica, houve uma falha humana no procedimento de atracação.
Após ser retirada da água pelo marido, Patricia ficou em estado de choque e foi levada a um Pronto Socorro da cidade.

“É o choque de você cair na água. Meus filhos eram para estar comigo, mas por ter me atrasado eu não os trouxe. Se meus filhos estivessem comigo eu não ia conseguir salvá-los porque nem nadar eu sei, eu não sei nem como eu consegui boiar. Agora, foi uma falta gravíssima deles e eles têm um monte de boia. Eles poderiam ter pelo menos jogado uma boia e dito: 'olha infeliz, toma aí, não morre afogada'. Se teve alguém que me socorreu foi meu marido", comentou.

A Dersa e a Capitania dos Portos investigarão o caso. O carro permaneceu submerso até a chegada do guincho, que fez a retirada horas depois do acidente.

Um inquérito será instaurado e tem prazo de conclusão de até 90 dias.
Veículo caiu no mar na tarde desta sexta-feira (Foto: Solange Freitas / G1)Veículo caiu no mar na tarde desta sexta-feira (Foto: Solange Freitas / G1)FONTE - GLOBO.COM
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