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Agricultores estão preocupados com a falsificação de agrotóxicos no PR

Produtores rurais do Paraná estão preocupados com as recentes descobertas da polícia sobre a produção de agrotóxicos falsos no estado. No início do mês de junho, por exemplo, policiais civis encontraram 40 toneladas do produto falsificado, em um caminhão, que trafegava pela BR-467, em Cascavel, no oeste do estado.
A apreensão foi uma das muitas que aconteceram recentemente. Em outra ação policial, foram encontradas 20 toneladas de fertilizante adulterado, em Laranejeiras do Sul, cidade próxima a Cascavel. A mercadoria estavam em uma fábrica clandestina, que funcionava às margens da BR-277.
Nesse caso, a polícia descobriu que os donos do local roubavam cargas de fertilizante original e levavam à fábrica para misturar com outras substâncias. "O que tem nesse produto a gente não sabe. Estamos coletando a pedido da Polícia Civil, da operação safra, para mandar pro laboratório oficial para análise e depois teremos o resultado", fala a fiscal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rosmari de Ré. Conforme as investigações, a fábrica funcionava no local havia um ano.

Um desses esquemas foi descoberto com a ajuda de produtores, que denunciaram á polícia sobre os prejuízos que tiveram. Eles estavam desconfiados da qualidade do produto utilizado. O material foi encaminhado à análise e a adulteração foi confirmada. "Nós tivemos o exame pericial que foi feito com acompanhamento das polícias civil e científica, dos próprios fornecedores e fabricantes e constatou-se a presença de substância que não era permitida e ausência de substância exigida. O que acabava potencializando a praga ou destruindo a lavoura com dano direto à saúde humana", diz o delegado, Ademair Braga Júnior.
Quadrilhas

A Polícia Civil acredita que haja quadrilhas especializadas na adulteração de produtos falsificados para as lavouras. As mercadorias adulteradas são usadas em todas as fases a agricultura, desde o preparo da terra até a colheita, causando prejuízos a toda a cadeia produtiva.
O delegado diz que pelo menos seis vítimas dessa quadrilha já foram identificadas. No entanto, acredita-se que a quadrilha pode ter aplicado golpes contra 30 agricultores da região. Sete pessoas envolvidas na fraude foram processadas por associação criminosa e falsificação de produto químico. Os crimes podem render penas de até 10 anos de prisão.
Fique alerta
Para quem compra ou vistoria o uso de agrotóxico o recomendado é buscar o produto em uma revendedora de confiança com nota fiscal e a receita agronômica. O fiscal da defesa agropecuária, Américo Onaka, ainda orienta que não basta saber a procedência da mercadoria, também é necessário conferir a embalagem. "Os dois produtos, falsificado e original, são bem parecidos e geralmente tem os selos que tem a parte holográfica. Mas são selos diferentes. O falso sai tinta [da embalagem] e o original, não", alerta.
FONTE - GLOBO.COM

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