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Homem passa por cirurgia após peixe ficar grudado no pé: 'Dor terrível'

Quase um ano após a série de 'ataques' de bagres assustar turistas e moradores na Baixada Santista, um peixe da mesma espécie voltou a fazer uma nova vítima nesta semana, em Santos, no litoral de São Paulo. Christian Borges dos Santos Martins, de 40 anos, teve um dos dedos do pé furado por um bagre durante uma caminhada pela faixa de areia da praia. O morador precisou passar por uma microcirurgia para a retirada dos ferrões que atingiram também a sola do pé. Este foi o décimo caso registrado na região no ano.
Acidente aconteceu por volta das 13h de domingo (25) (Foto: Christian Borges dos Santos Martins/Arquivo Pessoal)Acidente aconteceu por volta das 13h de domingo
(25) (Foto: Christian Borges dos Santos Martins/
Arquivo Pessoal)
O acidente aconteceu no domingo de Natal, por volta das 13h, na praia do Boqueirão, próximo ao Canal 3. Após o incidente, a vítima conta que ainda tentou retirar os ferrões, o que não é recomendado pelos médicos, e depois recebeu o auxílio de alguns banhistas.
Ele lembra ainda que além de atravessar um dos dedos do pé, o ferrão ficou próximo ao osso. “Eu caminho no mesmo lugar quase todos os dias. Quando eu pisei no peixe senti uma dor terrível. Na hora eu segurei em uma pessoa que passava do meu lado e sentei em uma cadeira. Eu ainda tentei puxar o peixe sozinho, mas não tinha como”, conta.
A retirada sem procedimento cirúrgico não é recomendada porque o bagre possui uma espécie de serra que pode rasgar a pele e causar infecções. Ainda na praia, Christian foi atendido por enfermeiros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhado para a Casa de Saúde de Santos, onde foi feita uma microcirurgia.
“Graças a Deus as pessoas agiram muito rápido. Logo a SAMU chegou e eu fiz a cirurgia. Fui liberado no mesmo dia, às 23h. Essa agilidade foi muito importante, se não eu poderia ter tido alguma infecção, não sei. Mas ficou tudo bem, mesmo depois desse presentão de Natal”, brincou.
Vítima passou por microcirurgia e foi liberada na noite de domingo (Foto: Christian Borges dos Santos Martins/Arquivo Pessoal)Vítima passou por microcirurgia e foi liberada na noite de domingo (Foto: Christian Borges/Arquivo Pessoal)
Ferrões do bagre foram serrados na UPA de Itanhaém (Foto: Marcelo Araújo Tamada / Arquivo Pessoal)Primeiro caso aconteceu na Praia do Centro, em
Itanhaém, SP (Foto: Marcelo Araújo Tamada/Arquivo
Pessoal)
Outros casos
O primeiro caso de acidente envolvendo bagre aconteceu em oito de janeiro, em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Foi na Praia do Centro, popularmente conhecida como ‘praião’, quando uma mulher foi atingida na barriga pelos ‘ferrões’ do peixe. A vítima também foi submetida a uma microcirurgia.
Em seguida, um novo caso aconteceu no dia nove de janeiro, quando um bagre ‘fisgou’ o cotovelo de uma jovem, na região da Boca da Barra, também em Itanhaém.
O quinto caso aconteceu com uma mulher de 54 anos, também turista. Ela foi atingida pelo "ferrão" do peixe enquanto pescava com o marido. Arícia Aparecida Gouveia Dias contou ao G1, inclusive, que comeu o peixe após o incidente. A UPA de Itanhaém também registrou o atendimento de um idoso que pisou no ferrão enquanto caminhava na praia.
Já a sétima vítima foi um morador de Santos, que também acabou se ferindo durante uma caminhada na Praia do Boqueirão. A cabeça do animal ficou presa ao pé dele.
O oitavo caso foi registrado na tarde do dia 24 de janeiro, quando uma menina de 12 anos pisou no "ferrão" do animal na faixa de areia de uma praia de Itanhaém.
O nono e último caso aconteceu em Santos, onde um jovem se feriu ao pisar no animal, quando jogava uma partida de futebol na praia.
Bagre ficou preso no cotovelo de banhista em Itanhaém, SP (Foto: Cristian Fernandes / Arquivo Pessoal)Bagre ficou preso no cotovelo de banhista em Itanhaém, SP (Foto: Cristian Fernandes / Arquivo Pessoal)
Especialista
Os casos registrados no início do ano preocuparam moradores e turistas, mas o biólogo Alexandre Pires Marceniuk, especialista em peixes marinho-estuarinos, não vê motivo para pânico. Na época, em entrevista ao G1, o biólogo afirmou que a espécie não ataca humanos e que, no momento do acidente, os animais provavelmente estavam mortos.
As regiões de Itanhaém onde os acidentes aconteceram são próximas e marcadas pelo encontro do rio com o mar.
O biólogo aconselhou os banhistas que frequentam as praias a ficarem atentos, já que os espinhos podem causar graves ferimentos. "É como se fosse um anzol. Ele entra fácil e é muito difícil de sair. Os ferrões causam uma infecção. Se alguém puxar o espinho vai ser pior ainda, porque pode causar uma dilaceração. Tem que ir ao médico de qualquer jeito", afirmou.
De acordo com Marceniuk, os bagres-marinhos são extremamente comuns no litoral brasileiro e, apenas em São Paulo, existem pelo menos oito espécies diferentes. Eles comem moluscos, camarões e peixes menores.
Boca da Barra, em Itanhaém, SP (Foto: Prefeitura de Itanhaém)A maioria dos casos aconteceu na Boca da Barra, em Itanhaém, SP (Foto: Prefeitura de Itanhaém) FONTE - GLOBO.COM

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