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Prefeito de Mesquita está sumido da cidade há dois meses

RIO - Prefeito de Mesquita, na Baixada Fluminense, Gelsinho Guerreiro (PRB) está sumido da cidade há mais de dois meses. Derrotado na eleição de outubro, ele não é mais visto em casa, no município vizinho de Nova Iguaçu, muito menos em seu gabinete. Os servidores, que estão com os salários atrasados, tentam falar com Gelsinho, mas não conseguem. Os garis já não coletam mais o lixo, que fica acumulado em montanhas nas ruas. Sobram sujeira e moscas para a população, que também enfrenta problemas de atendimento nos postos de Saúde.

Nesta terça-feira, o guarda municipal que cuida da entrada da prefeitura acompanhou uma equipe do “Jornal Hoje”, da Rede Globo, até o gabinete do prefeito. Ele confirmou à reportagem que Gelsinho não aparece desde outubro e que todos os funcionários estão sem receber o salário de dezembro e o 13º.

No dia 19 deste mês, a Justiça havia determinado que o município depositasse o pagamento dos funcionários da área de educação em 48 horas, o que não aconteceu.
Os moradores de Mesquita vão ter que esperar pelo menos mais alguns dias para que a coleta de lixo volte a funcionar na cidade. O prefeito eleito, Jorge Miranda (PSDB), prometeu organizar um mutirão de limpeza, já no início de sua gestão.

— Vamos propor esse mutirão à população. A ideia é normalizar tudo em 15 dias — disse Miranda.
No bairro Jacutinga, um lixeira de cerca de 20 metros assusta os moradores da Rua Delfina.
— Vi um caminhão passar ontem à noite, mas não sei onde estão recolhendo, porque está tudo cheio de lixo. Cadê o Ministério Público? — questionou o morador Ricardo da Silva.

O Ministério Público instaurou, no fim de novembro, um inquérito civil sobre o recolhimento e a destinação do lixo na cidade. Segundo o MP, o prefeito foi ouvido na semana passada e informou que uma empresa foi contratada para o serviço.
A população teme a proliferação de doenças.
— Tenho medo pelas minha filhas de 11 anos e 1 ano e meio. Já entraram ratos na minha casa. Elas podem ficar doentes — disse Bianca Cunha de Azevedo.


FONTE - GLOBO.COM

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