[Fechar]

Últimas notícias

Beto Richa nomeia novos secretários para proteger amigos acusados de Caixa 2

Garantia de Foro Privilegiado pode ter motivado nomeações de ex-tesoureiros para Secretarias de Estado

Curitiba, 14 de junho de 2017 – O Governador do Paraná, Beto Richa, nomeou esta semana dois novos Secretários de Estado; Juraci Barbosa Sobrinho, para a Secretaria de Planejamento, e Fernando Ghignone, para a Secretaria de Administração.

Para o deputado estadual Requião Filho, as nomeações são um tanto suspeitas, uma vez que os dois novos secretários foram tesoureiros de campanha de Beto Richa, desde as eleições para a prefeitura de Curitiba, e foram delatados na Operação Lava-Jato. Segundo as investigações, a empresa de Marcelo Odebrecht abasteceu, com recursos ilícitos, pelo menos as últimas três campanhas de Beto Richa.

“O Governador protege os amigos das investigações do Juiz Sérgio Moro, nomeando-os como seus Secretários e garantindo-lhes o foro privilegiado. Até então, os dois amigos estavam à frente do Fomento Paraná e da COMPAGÁS. No entanto, a Lei de Responsabilidade das Estatais obrigou o Governador a realocá-los, uma vez que os tucanos, por serem dirigentes partidários, estão proibidos de ocupar cargos destas empresas”, explicou.

Em seu discurso nesta quarta-feira, o deputado falou ainda que o Governador, em suas declarações, foca na Lei de Responsabilidade das Estatais e a elogia dizendo que busca a qualificação de pessoas para a função pública. “Mas o que ele não conta é que seus novos Secretários foram delatados na Lava-Jato, por dois ex-dirigentes da Odebrecht, e estão ameaçados. O discurso do Governador é de valorização da qualificação de pessoas para a função pública, mas suas práticas são bem outras: proteger aliados políticos delatados na Operação Lava-Jato”.

Em 2008, teriam sido repassados ilicitamente R$ 100 mil reais à campanha de reeleição de Beto Richa para a Prefeitura de Curitiba. Na campanha para Governador, o caixa dois de Beto Richa teria sido bem maior: R$ 450 mil reais. E em ambas as eleições, o tesoureiro era Fernando Ghignone. Já a reeleição para o Governo do Estado, teve como tesoureiro Juraci Barbosa Sobrinho,  e segundo as delações, teve caixa dois de R$ 2,5 milhões. Os recursos repassados pela Odebrecht não foram declarados à Justiça Eleitoral, configurando recursos ilegais, ou seja, Caixa 2.

“Ao nomear os amigos como Secretários, o Governador está presenteando-os com foro privilegiado e tentando protegê-los da Lava-Jato e do Juiz Sérgio Moro”, constata o deputado.


Nenhum comentário

UA-102978914-2