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LONDRINA - IML marca exame de sanidade mental de ex-GM acusado de matar três pessoas

O diretor do IML (Instituto Médico Legal) de Londrina, Antônio Carlos Queiroz, agendou para o dia 26 de fevereiro, às 10h, o exame de sanidade mental do ex-guarda municipal Ricardo Leandro Felippe, que matou três pessoas e feriu outras três em abril do ano passado. A perícia psiquiátrica estava marcada para 30 de abril, mas foi antecipada após determinação da juíza da 6ª Vara Criminal, Zilda Romero.

Felippe deverá comparecer ao IML acompanhado de uma pessoa, possivelmente um familiar, que não esteja relacionado aos processos em trâmite na Justiça. Preso há nove meses, ele foi transferido recentemente da PEL para a PEL 2 (Penitenciária Estadual de Londrina) por determinação do Depen (Departamento Penitenciário do Paraná).

A advogada Natalia Regina Karolensky, que defende o ex-servidor, elogiou a decisão judicial. "É importante para esclarecer os fatos, já que havíamos feito esse pedido durante as audiências de instrução". Ao ser interrogado em agosto de 2017, Felippe afirmou que não se recordava dos crimes que havia praticado. Ele deve ser analisado por um psiquiatra e psicólogo. A reportagem não conseguiu contato com a chefia do IML para saber sabe em quanto tempo o laudo é expedido.

De acordo com a Polícia Civil, em poucas horas, o réu assassinou a tiros duas pessoas, identificadas como Ana Regina do Nascimento Ferreira, 34 anos, sócia de sua ex-mulher, e um adolescente de 17 anos, filho de Rachel Espinosa, outra ex-companheira. O pai dela, Valdir Siena, 58, morreu no hospital após ser atingido no tórax e braço pelos tiros.

O advogado Marcelo Camargo, que representa a família de Rachel, destacou a celeridade do processo. "A morosidade causa abalos psicológicos aos envolvidos. Todos estão passando por tratamento por tudo o que aconteceu. É importante a antecipação da perícia, até porque essa é, pelo menos o que está incluído no mérito, a única alegada da defesa do Ricardo. Queremos que ele seja submetido a um júri popular e, se possível, condenado", disse.

A Corregedoria da Guarda Municipal optou por sugerir a demissão de Ricardo Felippe ao prefeito Marcelo Belinati (PP). O secretário de Defesa Social, Evaristo Kuceki, salientou que a medida foi tomada pela gravidade das acusações. Logo após ser detido no interior de São Paulo, o acusado deixou de receber os salários.
Rafael Machado
Grupo Folha de Londrina

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