Justiça decreta prisão de militares acusados de matar vigia

decretou nesta sexta-feira (22), a prisão preventiva de três policiais militares acusados de envolvimento na morte do vigilante Anderson Roberto Galinari (30), na madrugada do dia 17 de abril. Dois policiais, cujos nomes ainda não foram divulgados, estão recolhidos ao quartel da PM em Foz do Iguaçu. Segundo as primeiras informações, a policial Cristina Peretti Mendes (27), está sendo procurada em Curitiba. Ela morava em Itaipulãndia, continuava trabalhando na PM em um município vizinho e estaria na capital do estado a passeio ou para tratamento de saúde.O pedido da prisão preventiva de Cristina Peretti partiu do delegado que preside o inquérito, Marcos Araguari. A Promotoria de Justiça entendeu que há subsídios suficientes e representou pelo pedido de preventiva dos tres. No final da tarde desta quinta-feira (21), o delegado e o comandante do BPM de Foz, Major Reinaldin, teriam se reunido para tratar da prisão dos policiais.Na Delegacia de Homicídios, no final da tarde desta sexta-feira (22), o delegado Marcos Araguari e o Maj. Reinaldin sentaram a mesma mesa para uma entrevista coletiva a imprensa e informar a sociedade do que foi apurado no inquérito da Policia Civil e no IMP - Inquérito Policial Militar, já concluído também pela PM.Os resultados do rastreamento dos telefones, as gravações de ligações recebidas pelo Centro de Operações da Polícia Militar de Foz do Iguaçu na madrugada em que foi morto o vigilante, os laudos da perícia, foi tudo o que a polícia precisou para apontar que o vigilante foi executado. Segundo o delegado, na ligação feita ao Copom para pedir ajuda dos colegas, a policial militar Cristina Peretti Mendes, teria falado que havia feito dois disparos contra o vigilante.
O delegado, em outro trecho da entrevista, diz que os policiais que se somaram a Cristina, simularam um defeito mecânico na pistola quando a perícia comprovou que o carregador foi trocado, para confundir. Sob as razões que teriam levado a policial a atirar no vigilante, o delegado diz que foi apurado que os dois tiveram um desentendimento enquanto andavam com a motocicleta e por causa disso caíram. Marcos Araguari ainda declarou que a arma da policial foi parar nas mãos do vigilante.Relembre o fato:
Um vigilante de uma empresa de segurança na região do Bairro Três Bandeiras, morreu após entrar em confronto com a Polícia Militar na manhã deste domingo (17), mais precisamente às 4h50min. Segundo relatos do oficial de plantão, o vigilante Anderson Roberto Galinari (30), saiu do trabalho as 19 horas de ontem (16) e foi a um bailão, onde também estava uma policial militar. Quando os dois iam embora juntos de motocicleta, Anderson teria tomado a arma da policial e derrubado ela de cima da moto. A policial militar teria pedido apoio de outras viaturas pelo 190 que ao chegarem no local foram recebidas a tiros por Anderson. Ele foi baleado e morreu no local.
O vigilante estava em seu segundo dia de trabalho e teve o corpo reconhecido pelos responsáveis da empresa. O corpo do vigilante só foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML), por volta de 8 horas da manhã, mais de três horas após o crime. Anderson era casado e morava na região da Vila A.
fonte - Liliane Dias