[Fechar]

Últimas notícias

João Arruda coordena palestra sobre Doping Esportivo e saúde do atleta


Durante o Seminário sobre Legislação Desportiva e Doping esportivo, requerido pelo deputado João Arruda (PMDB/PR), convidados especializados mostraram os principais desafios para o assunto no Brasil e sobre a saúde do atleta. O autor do requerimento que deu ensejo para o encontro também coordenou palestra com Alberto Puga, auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol (STJD); Carlos Portinho, vice-presidente jurídico do Clube de Regatas do Flamengo; e Luiz César Cunha, advogado especializado em direito desportivo.

Puga expôs os desafios da legislação desportiva brasileira. Para o advogado, o primeiro deles é a inserção do esporte educacional no sistema brasileiro do esporte. Outro desafio citado entre tantos, é manter clube formador de atleta com corpo de profissionais especializados. O palestrante também apontou a necessidade da regulamentação da Lei Pelé, que...

Sobre dopagem, Portinho trouxe a experiência de defesa em 20 processos de atletas, entre elas o mais conhecida, o caso do Dodô, jogador do Botafogo. Segundo exposição do advogado, no Brasil temos um pequeno número de experts e referências na área, há ausência de dados estatísticos e pesquisa de causas e soluções. “Se queremos enfrentar o nosso inimigo, a dopagem, temos que conhecê-lo”, defende. Portinho ainda falou que muitos atletas deixam de fazer a prova B pelo alto preço. “Muitos abrem mão da contraprova por não poderem pagar até cerca de 12 mil reais. A contraprova é um direito dos atletas e deve ser exercido.”

Portinho ainda ressaltou que no Brasil o s kits de dopagem, feitos de plástico, são vulneráveis e não possui certificação nenhuma. ”Em um processo que coloca em risco a imagem dos atletas e pode marcar suas carreiras para toda a vida, eles podem sim ser vítimas de fraudes.”

Na palestra, ainda foi explicado a diferença entre doping por esteroides e drogas de sociedade. Segundo a Fifa, 88% dos casos de doping no esporte se dá pelo uso dessas drogas. Maconha e cocaína representam 70 a 80% dos testes positivos.

A grande preocupação de João Arruda é em relação às academias, onde pessoas se esforçam para obter boa forma física. “Nós temos que rever a legislação, para proteger os atletas e ao mesmo tempo não deixar que essas drogas atinjam jovens”

Para concluir a explanação, o doutor Luiz Cunha falou sobre a criminalização do atleta na conduta do doping. Para ele, o profissional deve ser responsabilizado, mas essa responsabilidade deve variar de acordo com a natureza da droga utilizada, e, além disso, a culpa não deve recair apenas em cima do esportista. “Hoje, a rede de distribuidores das substâncias dopantes e toda a equipe que cuida do atleta tampem devem ser responsabilizados.”

Nenhum comentário

UA-102978914-2