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PMDB de Curitiba cobra um compromisso eleitoral do PT



O PMDB de Curitiba encaminhou esta semana um manifesto às lideranças nacionais do PT e do PMDB, cobrando um compromisso eleitoral do partido da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, nas eleições de 7 de outubro na capital do Paraná. A iniciativa é uma reação ao noticiário dos últimos meses, indicado que o PT vai abrir mão de candidatura própria, para apoiar o candidato de outro partido.
“Temos apoiado o PT em sucessivas eleições majoritárias, e recebido apoio recíproco em várias ocasiões”, destaca o manifesto, que está sendo entregue aos presidentes nacional do PT e PMDB, Rui Falcão e Valdir Raupp e aos líderes do PMDB na Câmara e no Senado, Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros.
“Desde a eleição municipal curitibana de 2004 em que fomos com o então candidato Ângelo Vanhoni (deputado federal do PT), até as duas eleições presidenciais em que apoiamos o presidente Lula”, diz. A aliança, segundo o manifesto, foi repetida em 2012, terminando com a eleição de Dilma presidente e Michel Temer, do PMDB, como vice-presidente.
Apreensão
“Para a eleição deste ano, o noticiário político recente nos causa apreensão”, destaca o documento, subscrito pelo presidente e o vice do diretório municipal, Roberto Requião (senador) e o ex-prefeito e pré-candidato Rafael Greca e o secretário-geral do PMDB do Paraná, o deputado federal João Arruda.
“Numa cidade onde nossos adversários – prefeito Luciano Ducci (PSB) e o então candidato ao Senado Gustavo Fruet (na época no PSDB) – apoiaram veementemente o candidato derrotado José Serra, dando-lhe expressiva vitória”.
“O diretório municipal do PT, por influência de atuais ministros, não só seria proibido de lançar candidatura própria ao pleito municipal, bem como celebrar acordo estratégico com o PMDB de Curitiba, “como estaria sendo impelido a apoiar o ex-deputado federal Gustavo Fruet, ex-PSDB, neo-PDT, partido que parece já não integrar a base do governo Dilma Rousseff”, informam os peemedebistas.
Perguntas
“Será que se vai cometer um erro histórico em Curitiba, dividindo a base mais fiel e expressiva do Governo Dilma, para apoiar o algoz de tantos companheiros?”, indagam. O manifesto lembra ainda que Gustavo Fruet ganhou notoriedade na imprensa nacional, “quando se inventou a demolidora denominação marqueteira de direita chamada ‘caso Mensalão’”.
“Será que vamos ser incoerentes por capricho ou estratégia equivocada para 2014?”. Na avaliação dos peemedebistas, a maioria dos eleitores curitibanos veria o apoio ao ex-tucano como uma confissão de culpa, no chamado “Caso Mensalão”.
“Política se faz assim?”, indagam. O documento deixa bem claro a contrariedade dos peemedebistas em relação aos últimos acontecimentos. Rompendo a aliança em Curitiba, dizem, estaria anulado o pensamento estratégico expresso pelo ex-ministro José Dirceu, em artigo publicado no último dia 2 de março.
Aliança é vital
Segundo o trecho do artigo de Zé Dirceu, destacado no manifesto dos peemedebistas, o número de alianças no primeiro turno das eleições de 2012, não reflete a realidade do amplo arco de alianças entre os dois partidos. “É no segundo turno que vemos o quanto a aliança PT-PMDB é vital para ambos”.
“Como vemos a aliança PT-PMDB não é pouca coisa. Então, vamos deixar os municípios em paz e discutir o que interessa ao PMDB: suas relações com o governo federal”, orientou os petistas o ex-ministro da Casa Civil.
Alternativa construtiva não passa de um equívoco político demolidor, que se desenha sombrio. Segundo o documento, essa possibilidade foi esboçada após a divulgação, no ano passado, de pesquisas de opinião sem qualquer fundamento. “Num momento em que 88% do eleitorado ainda não pensou na eleição e não decidiu em quem votar”.
Compromissos
O compromisso reivindicado ao PT é de uma aliança entre os dois partidos, mesmo que informalmente no primeiro turno e uma sólida cooperação, alicerçada em programa comum, no segundo turno.
“O esclarecido eleitorado da cidade de Curitiba não vai acatar a transformação em trampolim político de uma Prefeitura – que já foi modelo em planejamento urbano, soluções inovadoras e administração pública para o Brasil e o mundo”, conclui o manifesto.
O documento foi entregue na tarde desta terça-feira (6), pelo deputado João Arruda ao presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp. Segundo Arruda, Raupp concordou plenamente com o manifesto e vai pedir uma reunião, nos próximos dias, com a presidente Dilma.

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