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Audiência pública discutirá incineração de lixo em Foz do Iguaçu

A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu recebe, às 15 horas desta quinta-feira (9), uma audiência pública para discutir os riscos da incineração do lixo. A prefeitura da cidade tem plano de instalar uma usina incineradora, medida altamente nociva dos pontos de vista socioeconômico e ambiental. O evento, proposto pelo Fórum Lixo e Cidadania, também vai tratar do projeto de lei 362/2012, que proíbe a incineração dos resíduos sólidos urbanos no Paraná. “Durante audiências públicas que promovemos em outras regiões do estado, ficou claro que a queima de lixo representa danos ao meio ambiente, à geração de empregos e à vida da população”, defende o deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB), autor da proposta ao lado da deputada Luciana Rafagnin (PT).
A emissão de gases poluentes preocupa as autoridades. “São altamente cancerígenos e sua ação não se limita ao local em que está instalada a unidade incineradora. As partículas são tão agressivas que viajam pelo vento de um país a outro e atravessam continentes inteiros”, alerta a procuradora Margaret Matos de Carvalho. Outros resíduos tóxicos gerados pela incineração estão nas cinzas. Em Foz do Iguaçu, que gera aproximadamente 400 toneladas de lixo por dia, seriam 40 toneladas diárias de cinzas, resíduo classificado como de classe I, ou seja, perigoso. Além de Foz do Iguaçu, outros municípios do estado se organizam para instalar usinas de incineração. Maringá foi o pioneiro. Lá, a sociedade se mobilizou contra a medida e conseguiu uma lei municipal proibindo a tecnologia. “É uma vitória. Queremos que o trabalho bem-sucedido em Maringá sirva de incentivo e exemplo para outras cidades”, comemora a presidente da Fundação Verde, Ana Domingues. A representante do Movimento Nacional de Catadores e integrante da Coordenação Colegiada do Fórum Lixo e Cidadania do Paraná, Marilza Aparecida de Lima, estima que o emprego de cerca de 200 mil trabalhadores do setor no Paraná estarão em risco se as usinas forem instaladas. “Essas famílias sobrevivem do material reciclável e a incineração acaba com as chances delas de obterem renda. Não só isso: ao eliminar o ganho das famílias, acaba, por consequência, com as oportunidades de elas educarem e criarem seus filhos longe do trabalho infantil e dos perigos das ruas”.A audiência de Foz do Iguaçu deve contar com a participação da procuradora do Trabalho e coordenadora-executiva do Fórum Lixo e Cidadania do Paraná, Margaret Matos de Carvalho, do procurador do Trabalho Fábio Alcure, do professor da Universidade Estadual de Maringá, Jorge Villalobos, do procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Meio Ambiente, Saint-Clair Honorato Santos, do integrante do Movimento Nacional de Catadores, Carlos Alencastro Cavalcanti e do presidente da Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, Edílio João Dall´Agnol.
Gabriela Siqueira
Assessoria de Imprensa
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