ELEIÇOES - Eleições para prefeito em 122 cidades aguardam decisão da Justiça
O resultado do
primeiro turno das eleições poderá ser alterado em 122 cidades após o
julgamento dos recursos de candidatos pendentes, segundo levantamento do G1 com dados fornecidos pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Dessas, três municípios estão sem eleito, porque todos os
candidatos aguardam decisão final da Corte sobre seus registros.
Nas 122 cidades, o
vencedor teve o registro de candidatura indeferido (negado) pelo Tribunal
Regional Eleitoral (TRE), mas o TSE ainda avalia recurso. Assim, esses
candidatos concorreram normalmente, mas na condição “sub judice”, pendentes, e
seus votos apareceram zerados na apuração final.
O
TSE divulgou os votos recebidos por cada candidato pendente nesta segunda-feira
(8) e começou a julgar os recursos pendentes nesta terça (9), em um esforço
concentrado. Nenhum dos 122 municípios, no entanto, teve sua situação avaliada.
Ficaram
pendentes após o 1º turno da eleição um total 6.916 pedidos de reconsideração,
sendo 2.243 deles de candidatos a prefeito e a vereador barrados pela Lei da
Ficha Limpa.
No
caso dos 122 municípios, o candidato que tiver o registro deferido poderá
assumir a prefeitura. Já aquele que tiver mantido o registro indeferido cederá
seu lugar ao segundo colocado.
Segundo
o levantamento do G1, ao todo 1.363.830 votos foram obtidos pelos candidatos
indeferidos com recursos. O TSE não divulgou quais desses candidatos foram
enquadrados na Lei da Ficha Limpa.
A
candidatura sob judice com a maior quantidade de votos é a de Celso Giglio
(PSDB) para a Prefeitura de Osasco: 149.579 votos. Enquanto o TSE não julga o
recurso, o engenheiro Jorge Lapas (PT) é o eleito, com 60,03% dos votos
válidos.
A
Prefeitura de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, será
decidida no segundo turno, mas ainda não se sabe quem são os dois candidatos.
Rubens Bomtempo (PSB) obteve 50.320 votos, mas está enquadrado na Lei da Ficha
Limpa. Se obtiver uma decisão favorável, será ele quem irá disputar com
Bernardo Rossi (PMDB), que recebeu 52.951 votos. Se não, Paulo Mustrangi (PT),
que teve 45.060 votos válidos, vai ao 2º turno.
Em
três cidades – Bom Jesus de Goiás (GO), Cedro (PE) e Monte Alegre (RN) –,
nenhum prefeito foi eleito porque todos os candidatos tiveram seus registros
indeferidos. Cada uma delas possui dois candidatos a prefeito. Qualquer um que
conseguir reverter o indeferimento será empossado. Se ambos conseguirem, assume
o mais votado. E, se nenhum conseguir, haverá nova eleição.
Os
únicos estados que não possuem recursos pendentes de candidato a prefeito são
Acre, Alagoas e Roraima.
A maioria dos recursos
está em São Paulo,
onde 29 candidatos recorrem para tornar seus votos válidos. Em seguida, aparece
o Ceará, com 17 recursos, Minas Gerais e Santa Catarina com 9 cada estado,
Goiás com 8, Pará com 7, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro com 6 cada
estado, e Rio Grande do Sul e Bahia com 5 candidatos pendentes cada estado.
Outras
cidades também tiveram candidatos indeferidos que ainda aguardam julgamento,
mas eles não foram incluídos no levantamento porque, mesmo que sejam deferidos,
não alterarão o resultado da eleição local.
Os
votos dos candidatos a vereador que conseguirem uma decisão positiva do TSE
também podem influenciar nas eleições. Isso porque, no sistema proporcional,
contam os votos de cada coligação para a divisão das vagas nas câmaras
municipais, que também poderão ter suas composições alteradas ao final dos
julgamentos da Corte.
FONTE - G1 ELEIÇÕES
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