Aprovado projeto de lei que proíbe o extermínio de animais de rua
Na
sessão plenária desta terça-feira (20), a Assembleia Legislativa do
Paraná (Alep) aprovou, em segunda discussão, o Projeto de Lei 973/11,
que estabelece políticas públicas para controle populacional de cães e
gatos. Entre as medidas garantidas pela proposta está a identificação e
registro dos animais de rua, a proibição do extermínio e a criação de
programas de esterilização, além de ações preventivas contra o abandono e
campanhas de incentivo à guarda responsável. “Não pensamos apenas em
soluções imediatas, mas também em mudar a situação dos animais
abandonados a longo prazo”, comenta o deputado Luiz Eduardo Cheida
(PMDB), autor da proposta.
A proposição trata ainda de
procedimentos para transporte e adoção dos animais e institucionaliza a
figura do animal comunitário, aquele que não tem um dono específico,
mas é cuidado por uma determinada comunidade. Conforme a proposta, a
fiscalização da lei deverá ficar a cargo do órgão ambiental dos
municípios.
Cheida, que é presidente da Comissão de
Ecologia e Meio Ambiente da Alep, acredita que o projeto de lei ajuda a
solucionar uma das principais demandas das cidades: “Além de gerar
problemas ambientais, os animais abandonados representam danos à saúde
pública, já que transmitem doenças. Estamos propondo políticas públicas
com a finalidade de diminuir progressivamente as populações de cães e
gatos de rua e que deverão ser adotadas por todos os municípios do
estado. Hoje há uma grande confusão por falta de uma legislação
estadual: cada município decide o que fazer em relação ao assunto e
alguns não fazem nada”.
Dezenas de representantes de
entidades de proteção animal acompanharam a votação do projeto de lei. A
presidente da Sociedade Protetora dos Animais, Soraya Simon, concorda
com as providências propostas pela matéria. “O sacrifício de animais
saudáveis não é recomendado para controle populacional nem para controle
de zoonoses. A Organização Mundial da Saúde, desde 1992, sugere medidas
focadas na prevenção, como a castração, campanhas educativas, controle
de criadouros, entre outras ações que estão previstas no projeto de lei
aprovado. É o chamado controle ético de animais”.
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