Igapó vai passar por ‘raio-X’ pela primeira vez
Cartão postal será submetido a uma grande intervenção de limpeza e desassoreamento já no ano que vem
Levantamento da profundidade do leito é feito com uma embarcação equipada com ecobatímetro, transdutor, GPS e computador
Terra que invade galerias pluviais vai parar no Igapó
Londrina – O conjunto de lagos Igapó está passando por um raio-X inédito que vai mostrar como está o relevo submerso nos espelhos d'água. O objetivo do Instituto das Águas do Paraná (AguasParaná) - divisão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente que está bancando a primeira parte do diagnóstico e que deve liderar o processo de revitalização do complexo - é saber o tamanho da principal ameaça ao cartão postal: o assoreamento do leito.
Formado há 54 anos com o represamento do Ribeirão Cambezinho, os lagos já foram esvaziados para limpeza algumas vezes na história, mas nunca foi tão analisado para uma grande intervenção, garante o AguasParaná. "Vamos juntar todos os estudos já feitos com este levantamento para saber quanto o lago está assoreado, quais os tipos de sedimentos que estão se acumulando e como fazer para retirá-lo", resumiu Márcio Nunes, diretor presidente do instituto.
O primeiro passo para a revitalização deve ser encerrado hoje, com a conclusão do levantamento topobatimétrico (que revela a profundidade do leito em toda a extensão dos lagos), feito com uma embarcação equipada com um ecobatímetro, um transdutor, um GPS e um computador que retém os dados. O serviço está sendo feito pela RDR Consultores Associados, que venceu a licitação para a elaboração do diagnóstico. De acordo com o contrato, a empresa terá quatro meses para concluir o trabalho, que custou cerca de R$ 135 mil ao erário. Informações preliminares revelaram que o ponto mais profundo do Lago 1 alcançou pouco mais de cinco metros. Com a segunda etapa do levantamento, a sondagem de fundo, será possível saber qual é a espessura da camada de sedimento depositado no leito, que é rochoso.
Ontem, o trabalho foi acompanhado de perto pelo prefeito Alexandre Kireeff e pelo secretário estadual de Meio Ambiente, o ex-prefeito Luiz Eduardo Cheida. Além de Márcio Nunes, também estiveram no local o secretário municipal de Meio Ambiente, Cleuber Brito, e o ambientalista João Batista Moreira, estudioso das bacias hidrográficas da região.
Nunes disse que o governo do Estado pretende incluir dotação orçamentária já para o Orçamento de 2014. Ele disse que o estudo irá balizar os custos da intervenção, que deve incluir também recursos do município e da iniciativa privada.
Uma das respostas mais aguardadas do estudo é qual o nível de contaminação do sedimento. "Caso eles estejam muito contaminados poderemos construir um novo aterro para alojar o material que será retirado daqui", adiantou Cheida. O secretário afirmou que este aterro deve ser construído pela iniciativa privada, sem custo para o poder público.
O prefeito Alexandre Kireeff disse que vai aplicar os conceitos do programa Ecometrópole (gestão compartilhada baseada por bacias hidrográficas) para prevenir o assoreamento, provocado principalmente pela sujeira nas ruas e pelos detritos de construção levados pela enxurrada, segundo o ambientalista João Batista Moreira. A experiência-piloto do programa se dará na Bacia do Córrego Água Fresca, um dos oito cursos de água que vão parar nos lagos. Os ribeirões e córregos são afetados por 68 bairros de Londrina e nove de Cambé até que as águas sejam represadas no Lago 1, explicou Moreira.
O prefeito disse que apertar a fiscalização para o cumprimento do Código de Obras (que regulamenta o manejo de materiais pela construção civil) e melhorar o sistema de limpeza pública não surtirá efeito se não houver uma mobilização da comunidade em prol de um lago menos assoreado e mais limpo. "Vamos usar as escolas municipais, os postos de saúde e as empresas
para difundir a ideia de que todos são responsáveis pela preservação do lago. A prefeitura está pronta para liderar esta mobilização."
Formado há 54 anos com o represamento do Ribeirão Cambezinho, os lagos já foram esvaziados para limpeza algumas vezes na história, mas nunca foi tão analisado para uma grande intervenção, garante o AguasParaná. "Vamos juntar todos os estudos já feitos com este levantamento para saber quanto o lago está assoreado, quais os tipos de sedimentos que estão se acumulando e como fazer para retirá-lo", resumiu Márcio Nunes, diretor presidente do instituto.
O primeiro passo para a revitalização deve ser encerrado hoje, com a conclusão do levantamento topobatimétrico (que revela a profundidade do leito em toda a extensão dos lagos), feito com uma embarcação equipada com um ecobatímetro, um transdutor, um GPS e um computador que retém os dados. O serviço está sendo feito pela RDR Consultores Associados, que venceu a licitação para a elaboração do diagnóstico. De acordo com o contrato, a empresa terá quatro meses para concluir o trabalho, que custou cerca de R$ 135 mil ao erário. Informações preliminares revelaram que o ponto mais profundo do Lago 1 alcançou pouco mais de cinco metros. Com a segunda etapa do levantamento, a sondagem de fundo, será possível saber qual é a espessura da camada de sedimento depositado no leito, que é rochoso.
Ontem, o trabalho foi acompanhado de perto pelo prefeito Alexandre Kireeff e pelo secretário estadual de Meio Ambiente, o ex-prefeito Luiz Eduardo Cheida. Além de Márcio Nunes, também estiveram no local o secretário municipal de Meio Ambiente, Cleuber Brito, e o ambientalista João Batista Moreira, estudioso das bacias hidrográficas da região.
Nunes disse que o governo do Estado pretende incluir dotação orçamentária já para o Orçamento de 2014. Ele disse que o estudo irá balizar os custos da intervenção, que deve incluir também recursos do município e da iniciativa privada.
Uma das respostas mais aguardadas do estudo é qual o nível de contaminação do sedimento. "Caso eles estejam muito contaminados poderemos construir um novo aterro para alojar o material que será retirado daqui", adiantou Cheida. O secretário afirmou que este aterro deve ser construído pela iniciativa privada, sem custo para o poder público.
O prefeito Alexandre Kireeff disse que vai aplicar os conceitos do programa Ecometrópole (gestão compartilhada baseada por bacias hidrográficas) para prevenir o assoreamento, provocado principalmente pela sujeira nas ruas e pelos detritos de construção levados pela enxurrada, segundo o ambientalista João Batista Moreira. A experiência-piloto do programa se dará na Bacia do Córrego Água Fresca, um dos oito cursos de água que vão parar nos lagos. Os ribeirões e córregos são afetados por 68 bairros de Londrina e nove de Cambé até que as águas sejam represadas no Lago 1, explicou Moreira.
O prefeito disse que apertar a fiscalização para o cumprimento do Código de Obras (que regulamenta o manejo de materiais pela construção civil) e melhorar o sistema de limpeza pública não surtirá efeito se não houver uma mobilização da comunidade em prol de um lago menos assoreado e mais limpo. "Vamos usar as escolas municipais, os postos de saúde e as empresas
para difundir a ideia de que todos são responsáveis pela preservação do lago. A prefeitura está pronta para liderar esta mobilização."
Lúcio Flávio Moura
Reportagem Local-folha de londrina
Reportagem Local-folha de londrina
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