Série de assassinatos assusta moradores de Bela Vista do Paraíso
Em cinco dias, três jovens foram mortos e um quarto foi baleado; para polícia, crimes estão relacionados a vingança
Com as três mortes dos últimos dias, Bela Vista do Paraíso registrou cinco homicídios durante o ano
Bela Vista do Paraíso – A sequência de três homicídios em um intervalo de cinco dias deixou os 20 mil moradores de Bela Vista do Paraíso (Região Metropolitana de Londrina) assustados com a violência. Os crimes ocorreram entre os dias 20 e 24 e as vítimas são jovens entre 18 e 23 anos. O irmão de um dos mortos é o principal suspeito de ter cometido os outros dois assassinatos por vingança.
O último homicídio foi registrado na noite da véspera de Natal. Diego de Oliveira Coutinho, de 23 anos, foi morto com pelo menos quatro tiros na Rua Rocha Pombo, na Vila Brasil. A primeira vítima foi Victor Hugo França, de 18, executado no dia 20. O corpo do jovem foi desovado na base de uma torre de telefonia celular, na região central, e apresentava sinais de tortura. A segunda vítima foi Thiago Oliveira Damasceno, de 22, morto no dia 21, com vários tiros na Rua Getúlio Vargas, a pouco metros de onde Diego foi assassinado. Na ocasião, um adolescente também foi baleado, mas não morreu.
"Provavelmente os crimes aconteceram por mais de um motivo, além do tráfico de drogas, investigamos a possível relação do Victor Hugo com uma mulher", relatou o delegado José Arnaldo Peron. Familiares, amigos e testemunhas dos crimes já foram ouvidos pela polícia. A suspeita inicial é que Diego, Thiago, o adolescente e mais dois jovens estariam envolvidos na morte de Victor Hugo.
"Recebemos denúncias anônimas e, em depoimento, o menor afirmou também que o irmão do Victor é o responsável pelas mortes de Diego e Thiago, como uma forma de se vingar", afirmou Perón. "Ainda não conseguimos localizá-lo, mas o seu advogado entrou em contato conosco e prometeu que ele irá prestar esclarecimentos." Segundo a polícia, Diego tinha passagens por tráfico de drogas e Thiago por tráfico e porte ilegal de arma. A polícia tem 30 dias para concluir o inquérito.
O lavrador Niverci Jonas Coutinho, de 58 anos, pai de Diego, prestou depoimento ontem e confirmou que o filho era usuário de drogas, mas desconhecia algum problema de relacionamento, desavença ou ameaça. "Nunca imaginava que uma coisa dessas fosse acontecer e não acredito que meu filho estivesse envolvido em algum dos crimes. A nossa família está arrasada." Diego tinha uma filha de seis anos, que era criada pelos avós.
A mulher de Thiago, Jéssica Damasceno, também esteve na delegacia na tarde de ontem e apenas afirmou que não sabia os motivos que levaram o marido à morte. O casal tem um filho de um ano.
Os três jovens eram conhecidos e eram vistos sempre juntos no bairro. Thiago e Victor Hugo moravam na mesma rua. "Na noite de Natal ninguém saiu aqui na rua e mesmo no centro ninguém foi. Todo mundo está com medo", relatou uma moradora. Após a morte do filho, os pais de Victor Hugo se mudaram para a casa de um familiar. "A mãe não aguentava ter as lembranças do filho em casa", contou uma vizinha. "A rua aqui sempre foi muito movimentada, mas agora fica deserta. Minha mãe está com medo de continuar na casa e está pensando em se mudar", relatou a filha de uma moradora da Rua Rocha Pombo, onde Diego foi assassinado. "Eu moro há 50 anos aqui e nunca vi uma coisa dessas na cidade", frisou o aposentado Antônio Vieira, de 76 anos.
Com as três mortes dos últimos dias, Bela Vista do Paraíso registrou cinco homicídios durante o ano de 2013. "Em uma cidade tranquila como Bela Vista crimes de vingança não são normais e, infelizmente, é uma situação difícil de prever e evitar", apontou o delegado.
O último homicídio foi registrado na noite da véspera de Natal. Diego de Oliveira Coutinho, de 23 anos, foi morto com pelo menos quatro tiros na Rua Rocha Pombo, na Vila Brasil. A primeira vítima foi Victor Hugo França, de 18, executado no dia 20. O corpo do jovem foi desovado na base de uma torre de telefonia celular, na região central, e apresentava sinais de tortura. A segunda vítima foi Thiago Oliveira Damasceno, de 22, morto no dia 21, com vários tiros na Rua Getúlio Vargas, a pouco metros de onde Diego foi assassinado. Na ocasião, um adolescente também foi baleado, mas não morreu.
"Provavelmente os crimes aconteceram por mais de um motivo, além do tráfico de drogas, investigamos a possível relação do Victor Hugo com uma mulher", relatou o delegado José Arnaldo Peron. Familiares, amigos e testemunhas dos crimes já foram ouvidos pela polícia. A suspeita inicial é que Diego, Thiago, o adolescente e mais dois jovens estariam envolvidos na morte de Victor Hugo.
"Recebemos denúncias anônimas e, em depoimento, o menor afirmou também que o irmão do Victor é o responsável pelas mortes de Diego e Thiago, como uma forma de se vingar", afirmou Perón. "Ainda não conseguimos localizá-lo, mas o seu advogado entrou em contato conosco e prometeu que ele irá prestar esclarecimentos." Segundo a polícia, Diego tinha passagens por tráfico de drogas e Thiago por tráfico e porte ilegal de arma. A polícia tem 30 dias para concluir o inquérito.
O lavrador Niverci Jonas Coutinho, de 58 anos, pai de Diego, prestou depoimento ontem e confirmou que o filho era usuário de drogas, mas desconhecia algum problema de relacionamento, desavença ou ameaça. "Nunca imaginava que uma coisa dessas fosse acontecer e não acredito que meu filho estivesse envolvido em algum dos crimes. A nossa família está arrasada." Diego tinha uma filha de seis anos, que era criada pelos avós.
A mulher de Thiago, Jéssica Damasceno, também esteve na delegacia na tarde de ontem e apenas afirmou que não sabia os motivos que levaram o marido à morte. O casal tem um filho de um ano.
Os três jovens eram conhecidos e eram vistos sempre juntos no bairro. Thiago e Victor Hugo moravam na mesma rua. "Na noite de Natal ninguém saiu aqui na rua e mesmo no centro ninguém foi. Todo mundo está com medo", relatou uma moradora. Após a morte do filho, os pais de Victor Hugo se mudaram para a casa de um familiar. "A mãe não aguentava ter as lembranças do filho em casa", contou uma vizinha. "A rua aqui sempre foi muito movimentada, mas agora fica deserta. Minha mãe está com medo de continuar na casa e está pensando em se mudar", relatou a filha de uma moradora da Rua Rocha Pombo, onde Diego foi assassinado. "Eu moro há 50 anos aqui e nunca vi uma coisa dessas na cidade", frisou o aposentado Antônio Vieira, de 76 anos.
Com as três mortes dos últimos dias, Bela Vista do Paraíso registrou cinco homicídios durante o ano de 2013. "Em uma cidade tranquila como Bela Vista crimes de vingança não são normais e, infelizmente, é uma situação difícil de prever e evitar", apontou o delegado.
Lucio Flávio Cruz
Reportagem Local-folha de londrina
Reportagem Local-folha de londrina
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