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Valcke demonstra desagrado com obras e não garante Curitiba como sede

"A situação atual do estádio não é do nosso agrado. Não está apenas muito atrasado, foge a qualquer bom cronograma de entrega para o uso na Copa do Mundo", criticou o dirigente

Por Gazeta Press 21/01/2014, às 15h21
Valcke não poupou críticas ao andamento das obras da Arena da Baixada
Valcke não poupou críticas ao andamento das obras da Arena da Baixada / Crédito: 
Gazeta Press
O secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, visitou nesta terça-feira as obras da Arena da Baixada, em Curitiba, - passagem inicialmente não programada pela entidade neste giro pelas sedes da Copa do Mundo - e demonstrou extrema preocupação. Em coletiva após passagem pelo estádio e uma reunião a portas fechadas, o dirigente não escondeu a situação crítica e não garantiu mais com 100% de certeza a realização dos jogos na cidade.
"A questão é delicada, sejamos francos e diretos. A situação atual do estádio não é do nosso agrado. Não está apenas muito atrasado, foge a qualquer bom cronograma de entrega para o uso na Copa do Mundo", afirmou o dirigente, que agora espera por soluções urgentes. "É preciso ser positivo e buscar soluções. O secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, veio para Curitba antes para ter reuniões e encontrarmos soluções", completou.
Valcke não falou mais em prazos, mas acredita que em cerca de um mês será tomada uma decisão, que pode incluir a exclusão da sede. "Não vou falar de data-limite. Não vou falar de dia. Mas no dia 18 de fevereiro, as seleções irão se reunir em Florianópolis para saber as informações e o desenrolar da Copa do Mundo. Os técnicos irão para a cidade onde irão jogar, e é fundamental saberem o que acontecerá. O COL (Comitê Organizador Local), a Fifa e a cidade de Curitba terão que decidir se a cidade estará pronta para acolher a Copa do Mundo. Se ficar como está hoje, a decisão será tomada entre as partes", sentenciou.
Luis Fernandes anunciou três medidas emergenciais para tentar acelerar a reforma e garantir a permanência da cidade. "Mantido o ritmo das obras, a Arena não ficará pronta com a qualidade e os requesitos necessários para a Copa de 2014. Essa é a constatação, e decidimos tomar medidas adcionais. Em primeiro lugar, elevaremos a parceria dos entes envolvidos, criando um comitê gestor, com participação do Atlético-PR, da Prefeitura e do Goveno do Estado do Paraná para tocar a obra com a velocidade necessária", explicou.
As outras ações estão ligadas à parte financeira e ao número de trabalhadores. "Temos que intensificar as obras do estádio, que implica em aumentar o número de trabalhadores envolvidos na obra e instituir um terceiro turno de trabalho. Além disso, a solução envolve a garantia do fluxo financeiro necessário. Na manhã de hoje, houve liberação de 39 milhões de reais pela Fomento do Paraná. Associado a isso, será feito pelo novo comitê gestor um trabalho de auditoria para saber o valor concreto necessário", explicou.
A obra, inicialmente orçada em 185 milhões de reais, já chegou a 265 milhões de reais e precisaria de mais recursos para ser acelerada e concluida no prazo desejado pela Fifa. Esse, inclusive, teria sido o tema da conversa entre o cartola atleticano com o governador do Estado, Beto Richa, e o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet. Estiveram presentes ainda o secretário municipal da Copa, Reginaldo Cordeiro, além dos ex-jogadores Cafu e Bebeto, membros do Comitê Organizador Local.
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