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Mini-horse custa a partir de R$ 10 mil


Liz Sayuri
O biólogo Samuel Veríssimo começou a criar a raça em Maringá para estimular o gosto por animais no filho
Os pais que desejam criar o interesse das crianças por cavalos passaram a contar com a raça mini-horse, que começou a ser vendida como animal de estimação para chácaras e casas. A raça é a menor e mais proporcional entre os pôneis, com altura inferior a 80 centímetros na categoria pet e preços a partir de R$ 10 mil. São 150 criadores no País e alguns deles participam entre hoje e domingo da 11ª edição do Campeonato Nacional do Mini-Horse, na ExpoLondrina.

Considerado mais dócil do que os pôneis médios, as fêmeas dos pequeninos chegam a no máximo a 98 cm e os machos, a 93 cm. Nesses tamanhos, os animais são destinados para sela ou para puxar pequenas charretes, com preço entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. Já os reprodutores têm valor entre R$ 6 mil e R$ 30 mil.

Nos últimos anos, os animais que chegam a no máximo 80 cm passaram a ser vendidos como pets para residências, conta o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Mini-Horse, José Bastos Sobrinho. "É o cavalo de estimação e assim como há casas com um canil de dois portões, é possível ter uma pequena cocheira."

Ele diz que são animais rústicos, dóceis, ideais para crianças e vivem uma média de 24 anos. O biólogo Samuel Veríssimo, que começou a criar a raça em Maringá para estimular o gosto por animais no filho Diogo, cita que apenas 10 metros quadrados de grama no quintal já são suficientes para ter uma miniatura em casa.

Veríssimo conta que já vendeu três animais no ano passado, mas ainda apenas para criadores. "O pet tem de ser domesticado, mansinho, e ainda sou um criador novo", diz. "Mas todo mundo que é produtor está de olho nesse mercado (pet)", diz.

Dona da Fazenda Primor, em Sapopema, a criadora Ana Eliza Parmegiani apresentou mini-horses durante um leilão de gado na ExpoLondrina e diz que o interesse do público é imediato. "Todos querem para introduzir a criança no mundo dos cavalos e é um animal muito dócil, diferente do pônei", afirma. Com mais tradição no mercado, ela conta que tem clientes no Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, Brasília (DF) e Santa Catarina. "Também vendemos muito para alguns condomínios de luxo na Grande São Paulo."

Interesse
O autônomo Osmar Burgatto tem cavalos de tamanho tradicional em um sítio na região, mas demonstrou interesse em contar com um mini-horse. "É diferente e mais interessante do que pessoas que criam répteis, por exemplo. E é bom para fazer a criança criar aptidão com os animais."

Para o casal de empresários Jonas e Maria das Graças Sousa, tudo que for para trazer felicidade para a criança é bom. Os dois levaram o filho Miguel para a cocheira dos mini-horses, porque o menino tem mais interesse em cavalos do que em cães. "Mas tem de ter um bom gramado para criar um em casa. Se bem que tem raças de cachorro maiores por aí", diz Maria das Graças.

Serviço
A exposição de mini-horses vai de hoje a domingo, ao lado da Casa do Criador, na ExpoLondrina. São 90 animais, dos quais 60 participam do Campeonato Nacional do Mini-Horse, às 8 horas e 14 horas de hoje, às 14 horas de amanhã e às 8 horas de domingo, na Pista Central do Parque de Exposições Ney Braga.
Fábio Galiotto
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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