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Os desafios da educação infantil

Cerca de 250 profissionais da região de Londrina se reúnem para debater problemas, como falta de estrutura física e aumento da demanda

Fotos: Saulo Ohara
Encontro foi realizado em Rolândia, onde participantes assistiram a uma palestra sobre a necessidade de melhorias na gestão
Rolândia – A falta de vagas nos centros de educação infantil, a ausência dos pais na educação das crianças e a necessidade de cursos de formação continuada estão entre os principais desafios citados por profissionais que participaram da da 2ª Jornada Feipar (Fórum de Educação Infantil do Paraná). O evento, realizado ontem em Rolândia (Região Metropolitana de Londrina), contou com a presença de, aproximadamente, 250 profissionais.

Professores, diretores, coordenadores pedagógicos, gerentes de educação infantil e funcionários do Núcleo Regional de Educação (NRE) acompanharam uma palestra sobre a necessidade de melhorias na gestão. No intervalo, os profissionais aproveitaram para compartilhar as experiências e comentar as dificuldades enfrentadas em cada município.

Em Cambé, a falta de estrutura física para realizar os atendimentos é um dos entraves para a Secretaria de Educação. A coordenadora pedagógica de Educação Infantil de Cambé, Carla Daniela Dante, destacou que a expectativa é atender todas as crianças do município até 2016. "Atendemos hoje quase duas mil crianças. Há uma lista de 1,6 mil que ainda não conseguiram vaga, mas pelo menos seis centros de educação infantil serão inaugurados até o ano que vem", afirmou.

O problema é comum entre os municípios da região. Em Londrina, a gerente de Educação Infantil, Ludmila Dimitrovicht, relatou que cerca de 4,2 mil crianças estão fora das creches. Em Rolândia, a gerente de Educação Infantil, Rosilene Moreira, destacou que, aproximadamente, 700 crianças estão na fila de espera. "O município atende 1,6 mil crianças, mas há essa demanda", relatou. Enquanto isso, a prefeitura incentiva a capacitação dos professores e a participação nos cursos de formação.

Em Lupionópolis, duas creches são responsáveis pelo atendimento de 100 crianças no total. A diretora de Educação Infantil da cidade, Tânia Regina Sarti, garantiu que número de vagas é suficiente, mas a estrutura física é pequena. Os 17 professores da cidade participam de grupos de estudo e de discussões permanentes. "Temos essa forma de trabalho para tentar melhorar a qualidade no ensino", explicou Tânia.

Em Florestópolis, a defasagem é de vagas no berçário. As quatro creches existentes atendem 180 crianças no total. A coordenadora de Educação Infantil, Simone Paulino, relatou que duas creches funcionam em período integral. "A preocupação agora é com a ausência dos pais. Vamos trabalhar para resgatar as famílias. Temos uma equipe de psicólogos para nos ajudar, mas os pais têm se afastado da escola", avaliou.

FOLHA DE LONDRINA
Viviani Costa
Reportagem Local
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