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Para Kireeff, agronegócio é principal promessa de investimento japonês

A Confederação das Cooperativas Agrícolas do Japão, que já é compradora da Cocamar, foi um dos locais visitados pelo prefeito de Londrina

Celso Pacheco
Prefeito disse que uma das intenções dos japoneses é instalar em Londrina um Medical Center
O prefeito Alexandre Kireeff voltou do Japão no último final de semana animado com a possibilidade de investimentos japoneses em Londrina. Durante nove dias, ele participou da 41ª Missão Econômica e de Amizade Brasil-Japão, formada por 28 pessoas, a maioria representantes da colônia nipo-brasileira. Ontem de manhã, o prefeito concedeu entrevista coletiva para tratar dos resultados a viagem.

Acompanhado do embaixador do Brasil no Japão, André Aranha Corrêa do Lago, Kireeff conta que fez apresentações sobre Londrina no Ministério das Finanças, na Mitsubishi Corporation, na Confederação das Cooperativas Agrícolas do Japão, na sede do governo de Hyogo (Estado irmão do Paraná) e na Prefeitura de Nishinomiya (irmã de Londrina).

O prefeito diz que, desde o ano passado, vem buscando estreitar laços do Município com a Câmara de Comércio Brasil-Japão. E que uma das intenções dos japoneses é instalar em Londrina um Medical Center. "Ainda em abril o vice-prefeito (Guto Bellusci) viaja ao Japão com expectativa de assinar um protocolo de intenções para este investimento", afirma. Trata-se de um pool de indústrias nas áreas médica e odontológica que seria instalado no Parque Tecnológico de Londrina.

"Os japoneses deixaram claro que querem fazer investimentos no Brasil, que o País é uma prioridade para eles", diz Kireeff. Para ele, além do Medical Center, as maiores promessas de negócio são da área agropecuária. "Londrina tem potencial de fornecer proteínas animais e vegetais para o consumidor japonês, que é o grande importador", afirma.

A Confederação das Cooperativas japonesas já importa produtos da Cooperativa Cocamar, com sede em Maringá, negócio que, segundo o prefeito, é fruto de uma missão econômica anterior a esta da qual ele participou. "O meu objetivo foi aproximar nossas cooperativas deste mercado consumidor", conta. Por não ter status de Estado livre da aftosa sem vacinação, o Paraná ainda não pode exportar carne bovina, nem suína ao Japão. "Mas os japoneses manifestaram interesse em fazer negócios principalmente em relação ao frango", ressalta.

Em relação ao grupo Mitsubishi, o prefeito disse que seus diretores mostraram interesse em investir no Paraná, principalmente na área de infraestrutura. "Além dos automóveis, a Mitsubishi atua em vários outros campos. São mais de 500 empresas, que vão desde a produção de fertilizantes à construção civil", conta. Segundo Kireeff, uma comitiva de dirigentes do grupo deve vir em breve ao Paraná e a expectativa é que inclua Londrina no roteiro. Antes de apresentar os resultados da missão aos jornalistas, Kireeff disse que foi o único representante do Município na viagem e que o custo aproximado de sua participação foi de R$ 25 mil.

JAPÃO
O Japão é apenas o quinto maior comprador de produtos com origem em Londrina. No ano passado, dos US$ 770,3 milhões exportados da cidade, apenas US$ 45,4 milhões, ou 5,9%, foram para aquele país asiático. Em 2014, apenas 15 empresas da cidade venderam para o Japão, sendo que a maioria dos produtos eram grãos (ver quadro).

Disparada, a maior compradora de Londrina no ano passado foi a China, com US$ 258 milhões, ou 33,5% do total, seguida da Rússia, com US$ 63,6 milhões e 8,27% de participação. Itália e Estados Unidos compraram pouco mais de US$ 59 milhões cada, com participação de 7,78 e 7,71% respectivamente. No ano passado Londrina exportou 7,37% menos que em 2012.




Nelson Bortolin
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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