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Londrina perde participação no bolo do consumo nacional

Londrinenses vão gastar R$ 10,326 bilhões neste ano, mas cidade sai da 36ª para 42ª colocação no ranking brasileiro

Ricardo Chicarelli/25-02-2014
Este ano, londrinenses deverão gastar R$ 9,028 milhões com materiais de construção
Os londrinenses vão consumir neste ano R$ 10,326 bilhões. É o que revela o índice IPC Maps 2014, produzido pela IPC Marketing Editora. Deste total, 23%, ou R$ 2,430 bilhões, serão gastos em "manutenção do lar"; 22% (R$ 2,291 bilhões) em "outras despesas" e 9,5% (R$ 981 milhões) em "alimentação em domicílio". Trata-se do segundo maior consumo no Estado e 42º no País. O estudo aponta que o consumo no Brasil crescerá cerca de 8% neste ano, atingindo R$ 3,262 trilhões.

Entre as 50 maiores cidades brasileiras do ranking nacional estão três paranaenses: além de Londrina, Curitiba e Maringá. A capital é a 1ª em consumo no Estado e 6ª no País, totalizando R$ 50,147 bilhões neste ano. Maringá está em 3º e 45º lugar respectivamente. Na Cidade Canção, serão gastos R$ 9,924 bilhões.

Entre as paranaenses, somente Londrina perdeu participação no ranking. No IPC Maps 2013, a cidade aparecia com 0,35712% do consumo brasileiro, na 36ª posição. E caiu para 0,31656%, (-11,25%) neste ano. Já Curitiba tinha 1,43987% e passou a 1,53727% - aumento de 6,76%, mantendo o 6º lugar no ranking. Maringá teve aumento de 4,8% na participação do consumo nacional - de 0,29022% para 0,30425%, subindo um posto na lista, de 45º para 44º.

Setores
Em Londrina, os materiais de construção vêm em quarto lugar na lista dos que mais serão consumidos em 2014. O IPC Maps estima que serão gastos R$ 9,028 milhões com esses produtos. O valor que deverá ser destinado às oficinas mecânicas e elétricas também é bem alto: R$ 5,869 milhões. Os londrinenses vão gastar R$ 4,181 milhões comendo fora e R$ 3,330 milhões nas farmácias.

O vestuário é o 8º item entre as prioridades de consumo em Londrina, com R$ 3,239 milhões. Depois, vêm as "outras despesas com saúde", com R$ 3,002 milhões. Em viagens, devem ser gastos R$ 2,265 milhões.

O professor universitário e economista Renato Pianowski diz que "não estranha mais nada", quando questionado sobre a perda de participação de Londrina no consumo do País. "Temos um comércio (de rua) travado, sem horário diferenciado para o consumidor. As praças do centro da cidade estão uma vergonha, o que não incentiva as pessoas a saírem para comprar", declara.

Para ele, falta força política no Município. "Temos que puxar mais brasa para nossa sardinha", declara. Pianowski defende uma mudança de mentalidade do londrinense, incluindo os empresários, ele mesmo, e a imprensa. "Precisamos olhar pra frente e sair dessa situação, colocar a cidade para funcionar", avalia.

Também economista e professor universitário, Márcio Massaro acredita que a queda de participação de Londrina no consumo tem a ver com a conjuntura nacional. "Neste ano, a perspectiva é que o setor de serviços cresça menos que os outros. E Londrina vive de serviços. Provavelmente, é por isso que o estudo apontou essa queda de participação", declara.


Nelson Bortolin
Reportagem Local-folha de londrina
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