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17ª Expocop planeja o futuro

Sociedade Rural da Região de Cornélio Procópio discutirá o bom gerenciamento das propriedades rurais em cinco dias de evento

Anderson Coelho
"Nossa expectativa é que a feira consiga atender a todos, com os mais variados temas", diz o presidente SRRCP, Jair Machado
O agronegócio – com toda sua pujança e representatividade no cenário econômico e social do País – se tornou profissional e tecnificado ao longo dos anos, com grande força no Paraná. Hoje, o produtor não pode se dar ao luxo de olhar apenas da porteira para dentro, ele precisa estar inserido no que acontece no País e no mundo e que influencia diretamente sua produtividade e rentabilidade no futuro.

Esse olhar mais adiante, de pensar e projetar o que acontece no campo, é o foco da 17ª Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Cornélio Procópio (Expocop), que acontece entre 2 e 7 de setembro, no Parque de Exposições Arthur Hofig.

Com o tema "Planejando o Futuro", a Sociedade Rural da Região de Cornélio Procópio (SRRCP) mostra aos produtores e visitantes que é preciso planejar, gerenciar e analisar as ações para que os frutos sejam colhidos com êxito nos próximos anos. Com palestras técnicas acerca de temas como pecuária, agricultura, meio ambiente, controle de pragas, tecnologia, sanidade e sobre o desenvolvimento da região, a SRRCP procura abrir a mente dos produtores e o que eles podem fazer na prática para desenvolver suas atividades.

A expectativa da entidade é que cerca de 60 mil pessoas visitem o parque e a movimentação financeira fique entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões, 30% a 40% a mais do que o ano passado. Vale dizer que a entrada para o Expocop, palestras, shows e rodeios é gratuita (veja a programação no quadro).

"Escolhemos esse tema porque consideramos importante o planejamento do produtor rural. Hoje, a evolução das tecnologias, dos produtos usados no campo, acontece de forma muito rápida e todos precisam se atualizar constantemente para atingir os resultados desejados nos próximos anos", explica o presidente da SRRCP, Jair Machado.

Ele comenta ainda que considera o cenário importante para tratar sobre investimentos em tecnologia no agronegócio. "Considero que passamos por um momento muito bom, com ótima produção da safra de inverno, mesmo que os preços não estejam tão elevados. A nossa expectativa é que a feira consiga atender a todos, com os mais variados temas, e que o clima colabore para que tenhamos seis dias bem movimentados no parque. Estamos bem motivados", completa Machado.
Victor Lopes
Reportagem Local

‘Quem não investe em informação, fica para trás’


Produtor da região de Cornélio Procópio aposta nas palestras da Expocop para ter acesso a novas tecnologias

Anderson Coelho
Engenheiro agrônomo, Rodrigo Costa já é a terceira geração que trabalha nas propriedades da família
Quem busca ser competitivo no agronegócio, deve olhar mais adiante, buscar informações precisas e tornar a propriedade rentável, com diminuição de custos e aposta em tecnologia de ponta. Não é difícil encontrar no Norte do Paraná, portanto, produtores mais jovens capacitados, bem informados, que já começam a tomar a frente das terras da família.

Rodrigo Costa se formou como engenheiro agrônomo há quatro anos e já é a terceira geração que trabalha nas propriedades da família. Com o pai e o apoio de uma assistência técnica especializada, ele está sempre em busca de novos materiais para plantio, além de fungicidas e fertilizantes. "Hoje, o produtor que não investe em informação, em tecnologia, fica para trás. Por isso valorizamos dias de campo e palestras que acontecem na região, como as que serão promovidas pela Expocop deste ano", opina o rapaz de 29 anos.

Um das fazendas da família fica bem atrás do Parque de Exposições Arthur Hofig, em Cornélio Procópio, e outra próxima ao município de Santa Mariana, totalizando 1 mil hectares (ha), com foco nas culturas de soja, no verão, e milho safrinha, no inverno. "Este ano foi interessante para nós. Utilizamos uma tecnologia de ponta e, graças ao clima com chuvas regulares e sem geadas, conquistamos bons resultados. A soja atingiu produtividade de 57 sacas por hectare e o milho, que estamos finalizando a colheita agora, 130 sacas por hectare", calcula ele.

Safra após safra, o produtor bate na tecla que a busca por melhores resultados deve ser constante. "Não podemos nos dar ao luxo de parar. A cada ano que passa é necessário implantar novas estratégias, analisar o que trouxe resultados negativos e projetar o que está por vir."
Victor Lopes
Reportagem Local

Menos agrotóxico, mesma produtividade

O agricultor que busca produtividade e rentabilidade na lavoura precisa estar atento às melhorias técnicas de seu sistema produtivo. Com o objetivo de levar de forma eficiente esse tipo de informação aos produtores, a Expocop abre um espaço na sua agenda técnica para a divulgação dos resultados da Campanha Plante seu Futuro, um programa promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), em parceria com diversas instituições, como Instituto Emater e Embrapa.

O trabalho, que iniciou há quase um ano, tem como proposta ações permanentes de divulgação e capacitação de boas práticas agrícolas no campo com as tecnologias já disponíveis. As frentes de atuação do projeto são o manejo integrado de solos e água, pragas, doenças, tecnologias de aplicação de defensivos, entre outras.

Ao longo do programa, melhorias do processo produtivo são levadas aos agricultores pelos técnicos do Emater, debatidas com eles, e então instalados campos demonstrativos na própria lavoura, apresentando uma alternativa e expondo boas práticas de manejo. Comparativamente, uma vez por semana, os extensionistas vão a campo e analisam o rendimento das duas áreas.

Durante o evento, que acontece na próxima quinta-feira, o Instituto Emater irá apresentar os resultados do programa na safra 2013/14, com ênfase no controle das lagartas Helicoverpa armigera na Microbacia do Arara. Já a Embrapa vai tratar sobre a importância do manejo integrado e pragas de difícil controle.

O pesquisador da área de entomologia da Embrapa Soja, Samuel Roggia, explica que a ideia é tratar dos fundamentos do manejo integrado de pragas, principalmente na questão de aplicar os produtos no momento certo, proteger a lavoura, com menor custo e mesmo rendimento por hectare. "Normalmente, o produtor não tem perda de produtividade, mas sim elevação de gastos, aplicando mais defensivos do que o necessário. Outra consequência é que, ao longo do tempo, as pragas vão se tornando mais resistentes devido ao número elevado de aplicações", explica Roggia.

O pesquisador comenta ainda que a chave do sucesso é que o produtor esteja na lavoura pelo menos uma vez por semana, visitando efetivamente, fazendo amostragens, quantificando o número de pragas e determinando a partir dessa quantificação a necessidade ou não da aplicação de agrotóxicos. "De um modo geral, é possível reduzir pela metade o uso de agrotóxicos, sem perda de rendimento, ou seja, o agricultor gasta menos com veneno e colhe o mesmo volume." (V.L.)

Expocop também discute meio ambiente

Pensar no futuro do agronegócio – como propõe a 17ª edição da Expocop – passa, inevitavelmente, em cuidar do meio ambiente e investir na sustentabilidade no campo. No dia 4 de setembro, os produtores que forem até a feira poderão se inteirar acerca do Cadastro Ambiental Rural (CAR), do novo Código Florestal, por meio de uma palestra elaborada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

Os produtores têm até maio de 2015 para realizar o cadastramento dos imóveis rurais. O decreto prevê que os proprietários devem se inscrever por meio do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), programa de computador desenvolvido pelo governo federal. Com todas as informações, o próprio Sicar vai apontar se há ou não necessidade de recuperação de áreas de preservação permanente (APP) ou reserva legal.

De acordo com o palestrante do evento, Devanil José Bonni, chefe do núcleo regional do IAP que abrange 23 municípios do Norte do Paraná, o Estado tem 532,8 mil imóveis que deverão se cadastrar no CAR até o ano que vem. "Muitos já ouviram falar do cadastramento, mas ele ainda não está acontecendo de forma efetiva. O produtor precisa ficar atento sobre a importância disso", diz.

O IAP fica responsável por homologar esses cadastramentos, que serão realizados por entidades parceiras como o Instituto Emater, Seab, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), cooperativas, entre outras. "A partir daí serão firmados termos de compromisso e o IAP vai passar a monitorar o cumprimento desses termos junto ao produtor. Queremos fazer isso o mais rápido possível para que eles não tenham problemas no futuro", salienta Bonni.

Ele lembra ainda que, em cinco anos, quem não tiver realizado o CAR não terá acesso, por exemplo, ao crédito rural. "Isso pode dificultar a vida deles no futuro. Hoje, por exemplo, aqueles que não realizaram o cadastramento não podem cortar uma árvore ou mesmo desmembrar um imóvel. É uma questão de necessidade", complementa. (V.L.)


Caminhada rural é atração no último dia da Expo

Um outro atrativo da feira deste ano é a 5ª Caminhada Expocop, que acontece no dia 7 de agosto - último dia do evento -, com início às 7h30. No ano passado, 220 pessoas participaram da ação, uma aventura pela área rural de Cornélio Procópio passando por lavouras, represas, propriedades rurais e matas nativas.

Este ano, a caminhada inicia no parque de exposições e segue por 10,6 km até o Centro de Educação Ambiental da Mata São Francisco. Às 7 horas, os participantes podem optar por se alimentar num café da manhã, pelo valor de R$ 9.

Os inscritos na caminhada deverão portar um crachá. O roteiro contará com cinco pontos de controle e apoio onde serão carimbados os crachás dos caminhantes. Os carimbos são importantes, pois no retorno ao parque de exposições – que será realizado num ônibus cedido pela prefeitura – os participantes poderão almoçar na Casa Rural com desconto, pelo valor de R$ 15, sem incluir a bebida.

No final da caminhada, haverá venda de produtos oriundos da agricultura familiar. Os interessados em participar da caminhada podem se inscrever gratuitamente no site www.expocop.com.br. (V.L.)

Palestra foca em carne de qualidade

Anderson Coelho/16-06-2014
Ideia é que os pecuaristas da região reduzam o tempo de abate para produzir uma carne melhor que a convencional
A 17ª edição da Expocop vai contar ainda com um Ciclo de Palestras para o Desenvolvimento da Pecuária de Corte do Norte Paranaense, no dia 3 de setembro. A ideia é apresentar aos pecuaristas ações que podem ser tomadas para que a rentabilidade nesse segmento seja tão significativa como da produção de grãos.

Um dos palestrantes é o zootecnista e mestre na área de nutrição de ruminantes, Geraldo Moreli. Ele vai abordar temas voltados as estratégias de produção e de comercialização de uma carne de melhor qualidade. "Primeiramente, o pecuarista tem que pensar que cruzamento deve realizar para produzir bezerros de melhor qualidade, que é o que o mercado está buscando. Segundo passo, é como criar esse bezerro no pós-desmame, que é um dos pecados que o produtor comete sempre."

A ideia é que os pecuaristas da região reduzam o abate de quatro anos para dois anos, produzindo assim, um produto melhor que o convencional. "Cooperativas que têm comercializado um novilho precoce conseguem agregar de 5% a 8% acima do valor de mercado da arroba do boi. Elas também garantem produção o ano todo, com um padrão de qualidade mais definido", completa Moreli. (V.L.)

FONTE - FOLHA DE LONDRINA
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