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Agente prisional é morto em ataque em SC

Bases da PM e casas de policiais são principais alvos dos atentados

Eduardo Valente/Frame/Estadão Conteúdo
Ônibus incendiado no Bairro Saco dos Limões, em Florianópolis, na noite de domingo
Florianópolis - Santa Catarina passou pelos momentos mais tensos entre a tarde de segunda-feira e a manhã desta terça-feira desde o começo de uma onda de ataques na noite de sexta. Foram pelo menos quatro atentados a ônibus, quatro ataques a bases da PM e casas de policiais e o homicídio de um agente prisional aposentado em Criciúma, no sul do Estado. Nos últimos cinco dias, a Polícia Militar já contabilizou 22 ataques.

O assassinato aconteceu por volta das 23h30. Aposentado há cinco anos, o agente prisional foi chamado para fora de casa, onde levou três tiros, dois nas costas e um na cabeça. Ele morreu na hora.

As ocorrências começaram a acontecer em outras regiões do Estado depois que a segurança foi reforçada e os coletivos pararam de circular durante a madrugada na capital. Na noite de segunda, dois ônibus foram incendiados no Vale do Itajaí, em Navegantes e Itapema.

Ao todo, 13 ônibus foram queimados. Somente em Tijucas, na madrugada de terça, cinco veículos de uma prestadora de serviços da prefeitura foram incendiados na garagem. O último ataque havia ocorrido na manhã de terça, às 7h20, na região sul de Florianópolis, depois que os coletivos tinham voltado a circular.

Os ataques foram retomados na tarde de segunda, quando dois criminosos em um carro atiraram contra uma base da PM, em Florianópolis. Durante a fuga e a perseguição, eles capotaram o automóvel, atropelando duas pedestres, que ficaram em estado grave. Houve tiroteio e os criminosos se esconderam no manguezal. Um primeiro suspeito, adolescente, foi detido nas primeiras horas. As buscas pelo segundo homem, porém, duraram cerca de seis horas.

Além dos ônibus incendiados, aconteceram cinco ataques a bases policiais, quatro contra casas de agentes de segurança, e duas viaturas foram alvejadas. Um posto de gasolina em Palhoça, na Região Metropolitana de Florianópolis, foi alvo de criminosos, mas os funcionários conseguiram conter as chamas rapidamente.

Dois criminosos foram mortos em confronto com a polícia na madrugada de domingo, após ataque a um depósito da Polícia Civil, em Palhoça. Outros quatro suspeitos de envolvimento em atentados foram presos na segunda.
Tomás M. Petersen
Agência Estado-FOLHA DE LONDRINA
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