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Paraná mantém participação de 5,8% do PIB nacional

Em 2012, segundo o IBGE, o produto interno bruto do Estado atingiu R$ 255,9 bilhões

Theo Marques/30-05-2013
A participação da indústria de transformação paranaense em relação ao bolo nacional caiu de 7% em 2011 para 6,7% em 2012
Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná somou R$ 255,927 bilhões, o que representa 5,8% do bolo nacional de R$ 4,392 trilhões. O crescimento paranaense em relação a 2011 foi de 1,26% contra 1,03% do PIB brasileiro. Pelo terceiro ano, o Estado manteve 5,8% de participação na produção da riqueza do País. A Região Sul, com 16,2%, manteve a participação do ano anterior. As contas regionais foram divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2012, o Rio Grande do Sul perdeu 0,1 porcentual de participação, chegando a 6,3% do PIB nacional. Aquele Estado vem apresentando queda nos últimos três anos. Tinha 6,7% em 2010, e 6,4% em 2011. Santa Catarina, que em 2010 tinha 4% de participação, voltou a apresentar o mesmo índice em 2012, após 4,1% de 2011.

A maioria dos Estados brasileiros vem mantendo estabilidade nos últimos três anos divulgados. Poucos, além do Rio Grande do Sul, demonstram trajetória de queda ou ganho de participação no PIB. A Bahia apresentou 4,1%, 3,9% e 3,8%. O Rio de Janeiro vem crescendo. Tinha 10,8%, subiu para 11,2%, e para 11,5%. Mato Grosso e Goiás também estão em trajetória ascendente. O primeiro obteve 1,6%, 1,7% e 1,8%. E o segundo, 2,6%, 2,7%, e 2,8%.

Conforme alguns crescem, São Paulo, o mais rico, vai perdendo participação. Saiu de 33,5% em 2009, passou para 33,1%, em 2010, e 32,6%, em 2011. Em 2012, chegou a 32,1%. Em quatro anos, a queda é de 1,4 ponto porcentual.

Setorial
De 2011 para 2012, o Paraná aumentou sua participação no valor adicionado a preços básicos da agropecuária nacional. Passou de 9,2% para 10,1%. Mas, Mato Grosso aumentou ainda mais, de 8% para 10,4%. Com isso, passou a terceiro lugar no ranking das maiores participações agropecuárias. Minas Gerais vem em primeiro, com 15,2%, São Paulo, em segundo, com 11%. Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná estão empatados.

Já a participação da indústria de transformação paranaense em relação ao bolo nacional caiu de 7% em 2011 para 6,7% em 2012. Neste ranking, São Paulo, o primeiro colocado, perdeu um ponto porcentual, de 41,8% para 40,8%. Minas, o segundo, saiu de 10% para 9,9%. E o Rio Grande do Sul foi de 8,4% para 8,6%. Esta ordem vem sendo mantida há vários anos. A participação da indústria catarinense é uma das que mais crescem. Em 2010, era a sexta colocada, com 5,6%. Passou a quinta posição no ano seguinte, com 6,4%; e a quarta, em 2012, com 6,7%, empatando com o Paraná.

O economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Francisco José Gouveia de Castro, diz que, com a crise da indústria nacional nos últimos anos, é normal que os Estados mais industrializados como Paraná e São Paulo tenham redução na participação nacional. "A nossa indústria automotiva tem um peso muito grande e vem enfrentando retração", ressalta.

Ele diz que as contas de regionais de 2013, que só serão divulgadas em novembro do próximo ano, vão mostrar uma realidade diferente. "Foi um ano melhor para a indústria", ressalta, lembrando que o Paraná vem recebendo vários investimentos nesta área. "Principalmente no interior, nas regiões de Ponta Grossa, Maringá e Cascavel", destaca.

Para o economista da Federação da Indústria do Estado do Paraná (Fiep), Roberto Zurcher, é natural que o Paraná e a Região Sul estejam estabilizadas na produção da riqueza nacional. "As regiões que mais crescem são Norte e Nordeste por conta dos projetos (do governo) canalizados para lá", afirma. Ele diz que a situação do Paraná seria pior não fosse a força da indústria alimentícia do Estado. "Os produtos dessa indústria são os últimos a deixar de serem consumidos em época de crise", avalia.


Nelson Bortolin
Reportagem Local-folha de londrina
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