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Polícia prende suspeito de vender documentos falsos para estudantes

Serviço era contratado por alunos brasileiros de faculdades no Paraguai.
Investigação indica que interessados pagavam US$ 1,5 mil por ‘regularização’.

Do G1 PR, em Foz do Iguaçu
Na casa do suspeito, policiais apreenderam centenas de fotos, documentos e recibos de pagamento (Foto: PC / Divulgação)Na casa do suspeito, policiais apreenderam fotos,
documentos e recibos (Foto: PC / Divulgação)
Policiais civis em conjunto com policiais paraguaios prenderam um suspeito de falsificar documentos de migração para brasileiros que trabalham ou estudam no Paraguai. O homem, de 40 anos, foi preso em casa, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, na noite de quarta-feira (26) depois de dois meses de investigações motivadas por uma denúncia anônima. Os serviços do suposto estelionatário eram contratados principalmente por alunos de faculdades em Ciudad del Este, na fronteira.
De acordo com a denúncia, o suspeito, que é paraguaio, se identificava como funcionário do setor de migração do país vizinho e dizia que por ter prestígio poderia agilizar a documentação necessária para, por exemplo, o estudante brasileiro efetuar a matrícula na universidade estrangeira. Pelo serviço de ‘regularização’ e visto permanente eram cobrados US$ 1,5 mil - cerca de R$ 3,8 mil. Enquanto em média o tempo normal de espera pelos documentos varia de três a seis meses e custa o equivalente a R$ 3 mil, o investigado prometia entregá-los em um mês.
Autoridades paraguaias informaram que toda a documentação analisada é falsa. Na delegacia, o suspeito confessou que vendia os documentos, porém afirmou serem verdadeiros. Na casa, foram encontradas fotos 3x4 de diversas pessoas, documentos de terceiros e de recibos de pagamento. O paraguaio deve responder pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento público e receptação. No país vizinho, já foram emitidos contra ele sete mandados de prisão por estelionato.
Segundo a polícia, as vítimas não serão responsabilizadas porque não agiam de má fé e acreditavam se tratar mesmo de um funcionário da migração.
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