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Mortes em acidentes com moto sobe 131%

Até ontem, colisões fatais com este tipo de veículo haviam deixado 51 vítimas, mesmo total de óbitos registrado no trânsito em 2013

Arquivo FOLHA
Óbitos com motos correspondem a mais da metade (54%) do total de 94 mortes no trânsito de janeiro até o dia 15 deste mês
Londrina – O trânsito de Londrina ultrapassou este mês a trágica marca de 50 mortes causadas por acidentes com motos. A 51ª vítima foi um adolescente de 17 anos que, no dia 10, bateu na traseira de um caminhão que estava estacionado na Avenida Jules Verne, no Jardim Santa Rita, na zona oeste. De acordo com o Placar da Vida, divulgado pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), o número é 131% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 22 pessoas morreram sobre duas rodas na cidade. Em 2013, 51 foi o número total de mortos no trânsito.

Outro dado alarmante apontado pela estatística mostra que as mortes com motos correspondem a mais da metade (54%) do total de 94 óbitos no trânsito de janeiro até o dia 15 deste mês. A proporção é a maior dos últimos cinco anos. O quadro evolutivo mostra redução de mortes entre 2009 e 2010, seguidas de duas altas até 2012, que até então havia registrado os maiores índices, com 67 mortes totais e 22 envolvendo motociclistas. Ainda segundo o Placar da Vida, a cada dez acidentes, sete envolvem motocicletas. Dos 3.616 acidentes computados até o início do mês, 2.604 tinham motocicletas, motonetas, triciclos ou quadriciclos envolvidos.

Por outro lado, o estudo mostra que o número de acidentes com motos tem caído nos últimos três anos, porém se tornam mais fatais. Em 2011, foram 3.693 com 28 mortes; em 2012, 3.304 com 31 mortes; e no ano passado 2.821 com 22 mortes. Das 2.604 ocorrências registradas este ano, a mais comum é a colisão contra automóveis. Neste ano, foram 1.429 batidas, a maioria em cruzamentos e nos espaços entre os carros, conhecidos como corredores. A segunda causa foi a queda de motos (638) e a terceira a colisão entre duas motos (188). As outras 349 ocorrências resultantes de atropelamentos e choque contra anteparos não foram detalhadas pelo estudo.

TRECHOS CRÍTICOS

O Placar da Vida divulgou também os trechos mais críticos das vias urbanas e rurais do município. Do total de óbitos gerais, 51 ocorreram nas vias urbanas, e 42 em rodovias – 25 em trechos urbanos e 18 na zona rural. A rodovia PR-445 lidera as estatísticas com 15 mortes, nove em trechos rurais e seis na área urbana. A Avenida Brasília, trecho urbano da rodovia BR-369, registrou 12 vítimas. A Avenida Dez de Dezembro aparece na lista com seis mortes, seguida da Avenida Saul Elkind (5), Avenida Alexandre Santoro (4), Rodovia Carlos João Strass (4). Dos pontos mais perigosos, estão o cruzamento da PR-445 com a Avenida Castelo Branco, que dá acesso à Universidade Estadual de Londrina (UEL) e o trecho da Rodovia Carlos João Strass próximo à Avenida Brasília.

Os homens são maioria entre as vítimas. Neste ano, foram 75 homens contra 19 mulheres. A faixa etária mais vulnerável é a de 31 a 59 anos, com 39 óbitos, duas a mais que o grupo de 18 a 30 anos. O grupo de crianças e adolescentes, de 0 a 17 anos teve quatro baixas; já o de idosos, acima dos 60, 13 mortes.

ESTADO

Em Maringá, a proporção de mortes com motos é ainda maior. A Secretaria de Trânsito e Segurança (Setrans) registrou 43 óbitos. Do total, 27 (62%) estão relacionadas a acidentes de moto. Durante todo o ano passado, foram 48 mortes, sendo 32 motociclistas. A redução em um ano foi de 15%. Mesmo com os índices ainda elevados, as autoridades comemoram reduções consecutivas do número de mortes desde 2010, quando os óbitos gerais chegaram a 81. A redução de acidentes fatais em quatro anos é de 46%. As vias campeãs de mortes na cidade são a BR-376, (12 óbitos); Contorno Norte (9); PR-317 (3) e PR-323 (2).

Já em Cascavel, a Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito (Cettrans) registrou 19 mortes no trânsito. Sete eram motociclistas, o que corresponde a 36% do total. Em 2013, a proporção havia sido de 30 por 16. Em um ano, o número de óbitos caiu 34% e o de motociclistas 53%. A reportagem também tentou obter dados de Curitiba e Ponta Grossa, mas foi informada que não havia levantamentos prontos.

folha de londrina
Celso Felizardo
Reportagem Local



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