[Fechar]

PageNavi Results No. (ex: 7)

7

Últimas notícias

PALAVRA DO BISPO

Por dom Manoel João Francisco
Bispo da Diocese de Cornélio Procópio
Dia 1º de janeiro é dia santo de guarda. É como se fosse domingo. Não por ser o primeiro dia do ano, mas porque celebramos a solenidade de Nossa Senhora Mãe de Deus. Esta celebração é muito antiga. Ao afirmar que Nossa Senhora é Mãe de Deus, a Igreja procura explicar algumas verdades fundamentais do cristianismo negadas pelas heresias. Nestório, Patriarca de Constantinopla, negava que Jesus era verdadeiro Deus. A isso se opôs tenazmente o Patriarca de Alexandria, São Cirilo. Para resolver a questão o Papa, São Celestino convocou um Concílio na cidade Éfeso, no ano 431. A decisão foi que Nossa Senhora deve ser venerada como Mãe de Deus, pois Jesus é, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A partir desta data começou-se a celebrar a festa de Nossa Senhora Mãe de Deus e também se começou a rezar a Ave-Maria assim como rezamos hoje, ou seja, foi acrescentada a segunda parte: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores,....".
Além da solenidade de Nossa Senhora, Mãe de Deus, no dia primeiro 1º de janeiro, há quarenta e sete anos, por determinação do Papa Paulo VI, celebramos o Dia Mundial da Paz. Somos convidados a rezar pela paz, a refletir e buscar formas de construir a paz dentro de nós mesmos, em nossas famílias, na sociedade e no mundo inteiro.
Nesta oportunidade o Papa envia para os Governantes e Responsáveis das Nações, bem como, para todos os católicos e pessoas de boa vontade uma mensagem falando em favor da paz.
Neste ano a mensagem traz por título e tema: "Já não escravos, mas irmãos". Nesta mensagem o Papa se declara convencido de que a construção da paz passa pelo combate ao tráfico humano e a todo tipo de escravidão.
Apesar dos muitos acordos para por fim à escravidão no mundo, o Papa em sua mensagem denuncia que “ainda hoje milhões de pessoas – crianças, homens e mulheres de todas as idades – são privadas da liberdade e constrangidas a viver em condições semelhantes às de escravidão.
Entre as vítimas da escravidão encontram-se os migrantes, “as pessoas obrigadas a se prostituírem, as mulheres, muitas delas, meninas ainda, forçadas a se casar, sem ter o direito de dar ou não o seu consentimento.
A escravidão e o tráfico humano acontecem também com a finalidade de comercialização de órgãos, recrutamento de meninos como soldados, de meninos e meninas para a produção e o tráfico de drogas, para mendicância ou para adoção ilegal.
Muitas dessas pessoas são vendidas várias vezes, são torturadas, mutiladas e até mortas.
São muitas as causas da escravidão e do tráfico humano em nossos dias. A principal causa, porém, encontra-se no pecado. “Quando o pecado corrompe o coração do ser humano e o afasta do seu Criador e dos seus semelhantes, estes deixam de ser sentidos como seres de igual dignidade, como irmãos e irmãs em humanidade, passando a se vistos como objetos”.
O Papa finaliza sua mensagem, constatando a globalização da indiferença e apelando para a globalização da solidariedade e da fraternidade.
Que o bom Deus nos dê a graça de, neste novo ano, nos empenharmos de corpo e alma na construção da paz em todos os níveis e em todas as circunstâncias.

Pastoral da Comunicação da Diocese de Cornélio Procópio
UA-102978914-2