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Justiça anula decisão que condenou ex-prefeito de Guarapuava, no Paraná

Ex-prefeito Vitor Burko foi condenado por desvio de verba em 2012.
Sentença foi anulada porque Justiça entendeu que ele não se defendeu.

Do G1 PR
Vitor Burko foi prefeito de Guarapuava entre 1997 e 2004 (Foto: Divulgação/Agência Estadual de Notícias)Burko foi prefeito de Guarapuava entre 1997 e 2004
(Foto: Divulgação/Agência Estadual de Notícias)
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região anulou a sentença que condenava Vitor Hugo Ribeiro Burko, ex-prefeito de Guarapuava, na região central do Paraná, por desvio de dinheiro público na construção de casas populares. Segundo a decisão, a defesa de Burko foi prejudicada porque o processo não detalhou os eventos que prejudicaram o andamento das obras.
A sentença de 2012 partiu de uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF), formalizada em 2009. A denúncia apontava que Burko e outros três funcionários da prefeitura, na época, haviam desviado dinheiro destinado a um programa de construção de casas populares. O recurso para a construção dos imóveis era federal. Burko foi, então, condenado a devolver R$ 200 mil ao erário. O processo se refere ao período em que ele foi prefeito de Guarapuava, entre os mandatos de 1997 e 2004.
A denúncia do MPF apontou que as casas não foram finalizadas e que o prejuízo ao erário foi de R$ 380 mil. Já na decisão do TRF, a juíza federal Salise Monteiro Sanchotene considerou que dois fatores não ficaram detalhados no processo. Um deles foi a invasão das casas, antes do término, e o outro foram dois vendavais que danificaram os imóveis e interferiram no andamento da obra.
O TRF determinou que o processo retorne à Justiça Federal em Guarapuava para que os acusados apresentem mais informações sobre a perícia contábil na conta bancária de Burko e na do município.
Procurado pelo G1, Burko afirmou que o processo ocorreu por perseguição de adversários políticos. Ele também criticou a atuação do MPF. Segundo Burko, não houve desvio de recursos. “Me encheram de processo por vingança política e agora foi feita justiça”, apontou. Hoje, ele não exerce cargo político, mas diz que o afastamento da vida pública não é em decorrência do processo.
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